Ahrar al-Sham é o primeiro grupo rebelde a reagir oficialmente ao acordo firmado esta semana entre russos e americanos, em Genebra. Os demais grupos rebeldes - islamitas e não islamitas - e a oposição política ainda não deram uma resposta oficial, de acordo com a AFP.

"O povo (sírio) não pode aceitar soluções pela metade", afirmou Ali el Omar, subcomandante-geral do grupo, em discurso divulgado no YouTube por ocasião da Aid al-Adha, a Festa do Sacrifício, que se celebra amanhã.

"O acordo russo-americano (...) faz evaporar todos os sacrifícios e avanços do nosso povo em revolta. Apenas contribui para reforçar o governo e encurralar militarmente a revolução", denunciou.

Rejeita, também, o segundo ponto do acordo, em virtude do qual Washington deveria convencer os rebeldes a se dissociar de um importante aliado extremista - a Frente Fateh al-Sham (ex-Frente Al-Nusra). Este último, afetado pelo acordo apenas de forma indireta, também reagiu no Twitter.

"É simples. O acordo russo-americano trata da eliminação daqueles que protegem os sírios", indicou Mostafa Mahamed, um de seus porta-vozes, referindo-se ao grupo.