Segundo informações do jornal Extra, o polícia que morreu chegou a ser levado para o Hospital municipal Salgado Filho, no bairro do Méier, mas não resistiu. Outros dois agentes da polícia também foram atingidos durante o confronto.
De acordo com a mesma fonte, uma pessoa foi ferida na favela de Jacarezinho, dois passageiros que estavam dentro de uma estação de metro também ficaram feridos ao serem atingidos por vidro de uma das composições que aparentemente foi atingida por projétil vindo da área externa.
Vídeos divulgados por moradores da favela do Jacarezinho registaram o som de rajadas e explosões em diferentes pontos da comunidade, alvo de uma ação policial chamada Operação Exceptis.
Numa nota, a Polícia Civil do Rio de Janeiro anunciou que a operação realizada hoje contra traficantes do Comando Vermelho (CV), a maior organização criminosa do Rio de Janeiro, que atuam na comunidade do Jacarezinho, foi uma ação em conjunto com a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).
“A investigação teve início a partir de notícias recebidas pela DPCA de que traficantes vêm aliciando crianças e adolescentes para integrar a fação que domina o território. Esses criminosos exploram práticas como o tráfico de drogas, roubo de cargas, assaltos a pedestres, homicídios e sequestros de comboios da SuperVia, entre outros crimes praticados na região”, refere a nota da polícia ‘carioca’.
Os investigadores acrescentam que com base em informações preliminares realizaram um trabalho de investigação que identificou 21 membros do alegado grupo criminoso, todos responsáveis por garantir o domínio territorial da região com utilização de armas de fogo.
“Foi possível caracterizar a associação dessas pessoas com a organização criminosa que domina a região, onde foi montada uma estrutura típica de guerra com centenas de ‘soldados’ munidos com fuzis, pistolas, granadas, coletes balísticos, roupas camufladas e todo o tipo de acessórios militares”, explicou a Polícia Civil do Rio de Janeiro.
A região do Jacarezinho é considerada um dos quartéis-generais da fação Comando Vermelho na zona norte do Rio de Janeiro.
Segundo a Polícia Civil ‘carioca’, devido à dificuldade de se operar no terreno, devido às barricadas e das táticas de guerrilha realizadas pelos grupos criminosos, o local abriga uma quantidade relevante de armamentos, que seriam utilizados na retomada de controlo de territórios perdidos para fações rivais ou para se reforçar de possíveis investidas das polícias.
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