A tripulação da Esquadra 502 foi chamada para fazer o transporte de uma grávida de "35 anos e 35 semanas de gestação, com contrações de dois em dois minutos", o transporte seria da ilha de Santa Maria, em direção a S. Miguel onde a criança deveria nascer. Mas às 08h05, hora açoreana, a "bebé decidiu que era o momento de nascer" depois do avião C-295M acabar de descolar.
Apenas dez minutos passaram desde que o avião levantou voo rumo a Ponta Delgada e a grávida entrou na fase final do trabalho de parto. Assim, "a bebé nasceu a bordo do avião da Força Aérea, em pleno Oceano Atlântico, quando o relógio batia as 09h05."
Em comunicado a Força Aérea diz que a aeronave "continuou rumo à Ilha de São Miguel, encurtado uma distância de 100 km, onde aterrou pelas 10h15. Mãe e bebé foram depois encaminhadas para a unidade hospitalar local, encontrando-se bem de saúde."
Esta não é a primeira vez que esta situação acontece, e nem sequer foi o baptismo daquele avião. Desde que entrou em operação, em 2009, já quatro bebés nasceram a bordo do avião C-295M, "sendo que numa das missões nasceram duas gémeas". No total houve "35 nascimentos a bordo de aeronaves da Força Aérea, tendo o primeiro ocorrido em 13 de julho de 1993, num avião C-212 Aviocar."
Isto acontece porque a "Força Aérea é responsável por inúmeros transportes médicos anuais nos arquipélagos dos Açores e da Madeira, encurtando distâncias e colmatando a ausência de cuidados hospitalares em determinadas ilhas". "Só no primeiro trimestre deste ano, a Força Aérea já realizou 126 transportes médicos, contribuindo para que 183 pessoas recebessem cuidados médicos diferenciados. Desses, 113 doentes foram transportados entre ilhas dos Açores, 48 entre ilhas da Madeira, 16 entre os Açores e o Continente e quatro entre a Madeira e o Continente."
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