No dia em que os Estados Unidos prestam tributo a Martin Luther King por ocasião do aniversário do seu nascimento, Trump escreveu no Twitter: “Celebrem o Dia de Martin Luther King e todas as coisas maravilhosas que defendeu. Honrem-no pelo grande homem que foi!”.
Donald Trump esteve reunido com Martin Luther King III, o qual considerou “construtivo” o diálogo que manteve com o Presidente eleito. “Ele disse que vai representar os norte-americanos”, algo que afirmou repetidamente, disse o filho mais velho do falecido líder do movimento de defesa dos direitos civis.
O encontro, a quatro dias da tomada de posse de Donald Trump, surge como um aparente gesto tranquilizador relativamente à comunidade afro-americana, após os ataques lançados contra John Lewis, congressista eleito pela Georgia que foi companheiro de luta de Martin Luther King.
Escreveu Trump na sua página de Facebook que "o congressista John Lewis devia passar mais tempo a ajudar e a recuperar o seu distrito, que está num estado lastimável e a cair aos pedaços (para não mencionar que está infestado de crime) em vez de se queixar sobre os resultados eleitorais. É só falar, falar, falar - sem agir e sem resultados. Triste!"
As acusações ["É só falar, falar, falar - sem agir"] caíram mal, já que Lewis fez parte do grupo de seis líderes que defendiam os direitos civis nos anos 60, no qual se incluía Martin Luther King. Os membros deste grupo foram brutalmente espancados e repetidamente presos.
O ativista dos direitos civis já fez saber, entretanto, que vai faltar, pela primeira vez desde que foi eleito em 1987, a uma tomada de posse, que tem lugar na sexta-feira, justificando a ausência com o facto de não ver em Donald Trump um Presidente “legítimo” após as alegadas tentativas da Rússia de interferir com as eleições norte-americanas.
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