Scholz, que assumirá a nona chancelaria desde o final da II Guerra Mundial, sucede no cargo à conservadora Angela Merkel, que passa o poder após 16 anos no executivo germânico a quem foi vice-chanceler e ministro das Finanças na sua última grande coligação.
O novo chanceler eleito recebeu 395 votos. A coligação de três partidos detém 416 dos 734 assentos na câmara baixa do parlamento.
É a primeira vez que a Alemanha tem uma coligação governamental tripartida desde 1950.
Scholz, de 72 anos, será ainda hoje formalmente nomeado chanceler pelo presidente da Alemanha e empossado pelo presidente do Parlamento.
O copresidente dos Verdes, Robert Habeck, será vice-chanceler (cargo ocupado até agora por Scholz) e ministro da Economia e do Clima.
A outra líder dos Verdes, Annalena Barbock, será a ministra dos Negócios Estrangeiros.
O presidente do FDP, Christian Lindner, vai substituir Scholz como ministro das Finanças.
O acordo de coligação “Ousar mais progresso”, de 177 páginas, foi assinado na terça-feira pelos três partidos, após a aprovação dos respetivos aparelhos partidários.
O novo Governo assume como prioridades o combate à pandemia de covid-19 e às alterações climáticas, a modernização da economia e a introdução de políticas sociais mais liberais.
No plano externo, o executivo diz querer empenhar-se no fortalecimento da União Europeia (UE), na parceria transatlântica, na NATO e na cooperação multilateral, com respeito pelos direitos humanos.
Com a posse de Scholz, o Partido Social-Democrata da Alemanha passa a ter elementos seus nos principais cargos do Estado, dado que Frank-Walter Steinmeier e Bärbel Bas também são do SPD.
Angela Merkel, 67 anos, não se recandidatou a um quinto mandato como chanceler, após 16 anos e 17 dias em funções, menos nove dias do que o recorde no cargo do também democrata-cristão Helmut Khol (1982-1998).
Comentários