Após uma audiência, no Palácio de Belém, em Lisboa, com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em que o ‘dossier’ Montepio não foi analisado, Manuel Lemos disse que já teve contactos, há cerca de duas semanas, com Pedro Santana Lopes, da Misericórdia de Lisboa, sobre o assunto.

“Vemos interesse num banco de economia social. Estamos abertos a conversar, com certeza”, afirmou, evitando dar muitos pormenores sobre os prazos em que poderá existir uma decisão sobre este assunto.

Manuel Lemos disse que as Misericórdias preferem “fazer as coisas com calma e em estreita cooperação com todas as entidades”, incluindo a direção do Montepio.

Estas declarações do responsável da União das Misericórdias Portuguesas surgem três dias depois de ter sido assinado, na sexta-feira, um memorando de entendimento entre a Montepio Geral Associação Mutualista (MGAM) e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) que possibilita a participação da Santa Casa no capital do banco da associação.

Lemos defende que à União das Misericórdias interessa um “banco de economia social”, que “apoie as Pequenas e Médias Empresas (PME), instituições de economia social e pessoas que precisam de pequenos empréstimos”.

“Falamos de um banco de economia social. O Montepio pode ser instrumento. Vamos ver como é”, resumiu.

Também na sexta-feira, a Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) informou ter realizado um aumento do seu capital institucional, no valor de 250 milhões de euros, integralmente realizado pelo Montepio Geral Associação Mutualista (MGAM).

No final de março, o ministro Vieira da Silva disse que o Governo vê com "simpatia e naturalidade" a eventual entrada da SCML e de outras instituições da área social no capital da Caixa Económica Montepio Geral.

Depois, em maio, o provedor da SCML, Pedro Santana Lopes, disse que teria uma decisão fundamentada sobre uma eventual entrada no capital da Caixa Económica Montepio Geral até ao final de junho.

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