A reação da URAP surge após a Câmara Municipal de Santa Comba Dão, distrito de Viseu, ter anunciado a intenção do município criar um Centro Interpretativo do Estado Novo, em parceria com outras entidades regionais e incluído numa rede ligada à História e Memória Política.

“Este projeto, longe de diluir a questão concreta de instituir um museu a Salazar, mantém inscrito o propósito de branqueamento e reabilitação do fascismo e da figura do seu principal mentor e responsável", refere a URAP, em comunicado.

A União de Resistentes Antifascistas Portugueses considera também que a criação de tal projeto significaria “um instrumento ao serviço do branqueamento do fascismo e de romagem para os saudosistas do regime que perseguiu, que prendeu, que torturou milhares de democratas".

A URAP adianta que vai continuar a alertar para “os perigos reais” deste projeto e apela para que “todos os amantes da liberdade continuem a manifestar-se contra” a criação do museu.

“O que o país precisa é de museus como o de Peniche, como o do Aljube, o da sede da Pide no Porto, onde aí sim, com veracidade histórica, se encontrarão documentos, exposições e outros materiais, onde a população e sobretudo as jovens gerações possam encontrar motivos de reflexão e estudo, como um contributo esclarecedor do que foi o fascismo e a resistência antifascista”, salienta ainda a URAP.

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