Em comunicado, Borrell escreveu: “A UE espera que as autoridades bielorrussas cuidem da libertação imediata de todas as pessoas detidas por motivos políticos antes e depois das eleições presidenciais falsificadas de 09 de agosto”.
Sublinhou que “é claro que as autoridades do Estado da Bielorrússia continuam a intimidar ou a permitir a intimidação dos seus cidadãos (…) e que violam grosseiramente, ao esmo tempo, as suas próprias leis nacionais e as suas obrigações internacionais”.
Citou, em particular, o caso de Maria Kolesnikova, a única figura de topo da oposição que escolheu não se exilar, que, segundo a sua equipa, teria sido “raptada” por desconhecidos hoje de manhã.
“Esperamos que as autoridades acabem com as perseguições políticas”, insistiu.
Borrell recordou que a UE vai impor sanções “às pessoas responsáveis da violência, da repressão e da falsificação dos resultados das eleições”.
Uma manifestação no domingo reuniu, pelo quarto fim de semana consecutivo, uma multidão com mais de 100 mil pessoas, apesar da presença maciça de polícias e até de militares na capital.
Fontes oficiais deram conta de detenção de 633 pessoas neste dia.
Alexandre Loukachenko, com 66 anos, dos quais 26 à frente da Bielorrússia, continua a rejeitar qualquer diálogo e a procurar o apoio de Moscovo.
A repressão foi particularmente brutal nos dias seguintes à eleição de 09 de agosto. Pelo menos três pessoas foram mortas, dezenas feridas e mais de sete mil detidas nas primeiras manifestações.
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