“Não tenho objetivamente razões para pensar que haverá um problema, uma linha, que não vamos defender em conjunto”, afirmou Michel Barnier numa audição na comissão de Assuntos Europeus da Assembleia da República.
O responsável respondia a perguntas das deputadas social-democrata Rubina Berardo e socialista Margarida Marques sobre o impacto da formação de um Governo de coligação entre a Liga (extrema-direita) e o Movimento 5 Estrelas (antissistema), ambos eurocéticos, na unidade europeia face às negociações.
Barnier, que foi ouvido pela comissão a partir das 21:30, pouco depois de aterrar em Lisboa para uma visita que se prolonga até sábado, frisou que as negociações têm impacto em questões muito importantes para todos os Estados-membros, Itália incluída.
“Quando penso que centenas de milhares de italianos residem no Reino Unido ou na importância da indústria italiana, não vejo razão” para divergências, disse.
“Compreendo a questão, mas Itália é um país fundador e estou convencido de que os seus dirigentes estão interessados em respeitar os princípios e valores da União”, acrescentou.
O que está em causa nas negociações do ‘Brexit’, insistiu, “são questões comunitárias”.
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