“Aprecio muito o diálogo regular entre os Estados Unidos da América e a União Europeia (UE), especialmente nestes tempos extraordinariamente difíceis. O mundo está a ficar cada vez mais sombrio”, afirmou Borrell no início de uma reunião no Departamento de Estado norte-americano, em Washington.
O alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança afirmou que a guerra na Ucrânia é a “maior e mais imediata preocupação” para o bloco europeu, uma vez que “a Rússia não vai parar” a sua invasão.
O chefe da diplomacia europeia afirmou que os Estados Unidos da América (EUA) e a UE “podem fazer mais para apoiar a Ucrânia nestes tempos difíceis”.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os dois representantes também abordaram a guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas e a consequente crise humanitária que afeta a Faixa de Gaza.
As recentes iniciativas de envio de ajuda humanitária por via aérea e marítima para a Faixa de Gaza, sitiada por Israel desde o início da guerra com o grupo islamita palestiniano Hamas, são “positivas”, mas não podem substituir o acesso “de centenas de camiões”, acrescentou ainda Josep Borrell.
É altura de “começar a trabalhar” para uma solução de dois Estados — Israel e Palestina -, a única forma de alcançar “uma paz duradoura”, afirmou, por sua vez, Blinken.
A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Em represália, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que já provocou mais de 31 mil mortos, de acordo com o Hamas, que controla o território desde 2007.
O secretário de Estado norte-americano sublinhou ainda a “força” da parceria entre os EUA e a UE na resolução dos desafios globais.
Entre as questões a debater com Borrell, o chefe da diplomacia norte-americana referiu o “apoio incansável à Ucrânia face à agressão russa” e a “crise no Médio Oriente e em Gaza”, bem como a “abordagem comum” de Washington e Bruxelas em relação à China.
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