A partir de setembro, a Universidade Qinghua vai oferecer português como disciplina opcional aos alunos de todos os cursos de licenciatura, disse à agência Lusa fonte da instituição.
Localizada no norte de Pequim, a Qinghua é uma das mais prestigiadas universidades chinesas e onde se formaram muitos dos líderes do país, incluindo o atual Presidente chinês, Xi Jinping, e o antecessor, Hu Jintao.
Estabelecido em 1911, o ‘campus’ da Qinghua foi construído a partir de um antigo jardim imperial do século XVIII, preservando os lagos, espaços verdes e edifícios centenários.
A universidade tem mais de 25 mil estudantes, segundo o ‘site’ oficial da instituição, e destaca-se sobretudo pelo ensino de engenharia.
A aposta da Qinghua reflete a crescente necessidade da China em formar melhores quadros para trabalhar com os países de língua portuguesa, face à evolução das trocas comerciais, que só em 2018 se cifraram em 147.354 milhões de dólares (131.206 milhões de euros), um aumento de 25,31%, em termos homólogos.
O destaque vai para Angola e Brasil, cujas trocas com a China compõem a maioria deste comércio.
Nos últimos anos, a China tornou-se, também, um dos principais investidores em Portugal, comprando participações em grandes empresas das áreas da energia, seguros, saúde e banca, enquanto milhares de particulares chineses compraram casa em Portugal à boleia dos vistos ‘gold’.
A contar com a Qinghua são já 34 as universidades da China continental que têm português como cadeira opcional, entre as quais 25 que oferecem também licenciaturas em português.
No total, mais de 1.500 estudantes chineses frequentam agora cursos em português.
Até 1999, apenas a Universidade de Estudos Estrangeiros de Pequim e a Universidade de Estudos Internacionais de Xangai ofereciam licenciaturas em português.
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