“O que vamos fazer é encerrar toda a atividade presencial controladamente. Não vamos deixar de dar oportunidade a um estudante que tem exame amanhã [sexta-feira] ou no sábado, que estudou durante semanas para o exame, de o fazer, se a escola conseguir garantir todas as condições de segurança”, afirmou.
A UL vai adiar a avaliação presencial para as provas escritas e adotar a avaliação 'online' nos casos de provas orais, discussão de projetos ou reuniões.
“Os exames escritos presenciais não são transformados em exame 'online'. São adiados para a altura em que se puderem fazer, o que na nossa perspetiva não será antes de meados de abril”, precisou Cruz Serra.
Todo ensino na UL vai passar a ser online e o início do segundo semestre vai ser antecipado para que seja possível ganhar tempo, por forma a assegurar as épocas de recurso, mas também para que os estudantes estejam ocupados, sem que as férias possam contribuir para a propagação da pandemia de covid-19.
“Continuaremos a fazer as discussões das teses, das dissertações, quase 100% online”, acrescentou.
Cruz Serra sublinhou que a situação não vai “facilitar ou criar situações de avaliação de desprestígio” para as universidades e para “o valor” que tem um diploma da UL no mercado de trabalho.
O reitor antecipou que provavelmente em algumas faculdades haverá épocas de recursos em abril e noutras em junho para os exames do primeiro semestre que só podem ser feitos presencialmente.
Em janeiro, o número de casos positivos de covid-19 na comunidade académica aumentou 94% em relação à média dos meses anteriores, segundo os dados de que dispõe, na sequência dos testes efetuados na instituição.
Questionado sobre o número total de casos de covid-19 na UL, Cruz Serra afirmou que a maior parte das situações de que a UL tem conhecimento surge quando é detetado um caso positivo ou quando há necessidade de confinamento: “Muitas vezes os estudantes só dão essa informação para poderem ter justificação de faltas ou uma modalidade alternativa de exame”.
“Aquilo que temos a certeza é que há uma circulação muito significativa da variante inglesa do vírus, porque, em algumas escolas, nos testes positivos fazemos a identificação de vírus e o que aconteceu foi que aquilo que há uma semana era cerca de 10% de casos positivos passou para 20%”, referiu.
Por outro lado, acrescentou, começaram a ser detetados testes positivos com cargas virais “muitíssimo altas”.
Para o reitor, a situação exige que se cesse a atividade presencial.
[Notícia atualizada às 13:20]
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