Atualmente, há variantes diferentes a circular pelo país. Na área metropolitana de Lisboa (AML), a Delta, detetada pela primeira vez na Índia, já regista 60% de prevalência.

De acordo com os resultados preliminares de junho, divulgados pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), na região Norte, a prevalência desta variante é inferior e relativamente “modesta” com cerca de 15%.

No entanto, em sentido contrário, a variante Alfa, associada ao Reino Unido, tem uma prevalência de 80% no Norte e de cerca de 30% em Lisboa e Vale do Tejo.

A variante, que se pensa mais resistente às vacinas e mais transmissível (estima-se que a variante Delta tenha um grau de transmissibilidade cerca de 60% superior à variante Alfa), já provocou o aumento de contágios e, segundo os especialistas, passará a ser a variante predominante em todo o país dentro de cerca de duas semanas.

João Paulo Gomes, investigador do INSA, disse à SIC Notícias que a variante Delta tornou-se dominante em Lisboa e Vale do Tejo após ser introduzida na região através de viajantes. Citando os dados do Instituto Público do Reino Unido, João Paulo Gomes refere ainda que pessoas vacinadas com duas doses de Astrazeneca e Pfizer estariam protegidas contra a variante Delta na ordem dos 92%, no entanto, salienta a diferença significativa de que neste caso se trata de proteção contra hospitalização e não contra infeção.

Neste sentido, o investigador destaca a necessidade de aceleração da vacinação e da administração das segundas doses.

Hoje, em Portugal, foram registados 941 novos casos, sendo 641 em Lisboa e vale do Tejo, e três mortes. Há hoje mais 16 internados, perfazendo 405, dos quais 97 em Unidades de Cuidados Continuados.

Há hoje mais infetados do que recuperados, pelo que se registou uma subida nos casos ativos.

A partir de amanhã fica disponível o autoagendamento para os maiores de 35 anos. A data abre uma semana depois de ficar disponível o autoagendamento para maiores de 40 anos.

Os pedidos devem ser feitos através da página disponibilizada pelo Ministério da Saúde logo que possível, uma vez que as marcações dependerão da disponibilidade de cada centro de vacinação, o que varia em função das regiões do país. Até ao momento ainda não foi definida uma data para quem tem mais de 30 anos, mas espera-se que tal aconteça nas próximas semanas.