O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) revelou esta terça-feira o relatório de situação sobre a diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 em Portugal. O documento revela que a variante Delta (B.1.617.2) é a mais prevalente no país com uma frequência relativa de 89.1% entre os dias 21 e 27 de julho.

Este aumento era esperado, mas ainda assim a nota destaca o forte incremento nas últimas três semanas nas regiões do Norte (de 17.7% aumentou para 71.1%) e Regiões Autónomas da Madeira (de 12.5% para 85.7%) e Açores (de 0.0% para 64.7%).

Portugal está, nos últimos dias, a acelerar o ritmo da vacinação contra a covid-19 para responder à rápida propagação da variante Delta, considerada 60% mais transmissível do que a Alpha, com a 'task force' que coordena a logística a apontar para a administração de cerca de 850 mil doses por semana.

A variante Alpha (associada inicialmente ao Reino Unido e que já foi prevalecente em Portugal) tem cada vez menos peso, apresentando uma frequência relativa de 9.8%. Já a frequência relativa das variantes Beta (África do Sul) e Gamma (brasileira, de Manaus) mantém-se baixa e sem tendência crescente nas últimas amostragens a nível nacional.

Todavia, o INSA sublinha que entre outras variantes de interesse já detetadas em Portugal, destaca-se a circulação uma linhagem detetada inicialmente na Colômbia (mas que apresentou frequências relativas entre 1.0% e 0.4% nas últimas três semanas) e a variante Lambda (detetada no Peru e Chile) foi detetada em apenas dois casos em Portugal (desde abril de 2021).

Ainda de acordo com o instituto, do total de sequências da variante Delta analisadas, 55 apresentam a mutação adicional K417N na proteína 'spike' (sub-linhagem AY.1), o que significa que, na amostragem nacional de junho, não tem evidenciado uma tendência crescente.

O INSA já analisou 10.824 sequências do genoma do novo coronavírus, obtidas de amostras colhidas em mais de 100 laboratórios, hospitais e instituições, representando 288 concelhos de Portugal. Em junho, o instituto anunciou um reforço da vigilância das variantes do vírus que causa covid-19 em circulação em Portugal, através da sua monitorização em contínuo.

Esta nova estratégia permite uma melhor caracterização genética do SARS-CoV-2, uma vez que os dados serão analisados continuamente, deixando de existir intervalos de tempo entre análises, que eram dedicados, essencialmente, a estudos específicos de caracterização genética solicitados pela saúde pública.

(Notícia atualizada às 16:33)

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