Dois meses após as eleições, que a oposição alega terem sido uma fraude para dar a vitória ao presidente Nicolás Maduro, milhares de pessoas reuniram-se na praça Puerta de Sol, em Madrid, local de exílio de muitas figuras da oposição.
“Edmundo González Urrutia, presidente eleito da Venezuela, em Madrid!”, gritou o apresentador do evento quando o candidato de 75 anos subiu ao palco com uma bandeira venezuelana, sem se dirigir a uma plateia que o saudou com gritos de ”presidente, presidente!".
González Urrutia chegou à manifestação fortemente escoltado, cumprimentou alguns manifestantes, subiu ao palco e, antes de sair, tirou uma foto com a presidente da região de Madrid, Isabel Díaz Ayuso, e o presidente do Partido Popular (oposição de direita), Alberto Núñez Feijóo.
A manifestação fez parte de uma mobilização mundial da oposição “pela liberdade”, que em Espanha foi seguida em cidades como Sevilha e Las Palmas de Gran Canaria.
Quem discursou na manifestação de Madri foi Antonio Ledezma, ex-presidente de Caracas, que leu uma mensagem de González Urrutia e atribuiu a impossibilidade de falar a uma “afonia grave”.
"No último 28 de julho, o povo emitiu um mandato soberano claro e inapelável a favor da mudança", disse Ledezma ao ler a mensagem do candidato. “A defesa desse mandato exige que permaneçamos unidos e ativos nessa luta até o fim”, acrescentou.
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