“O Presidente Nicolás Maduro, em nome do Governo e do heróico povo venezuelano, rejeita e condena veementemente as pretendidas novas sanções unilaterais do regime de Donald Trump contra o povo venezuelano e o nosso sistema financeiro e económico”, segundo um comunicado divulgado em Caracas.
No documento, o Governo venezuelano denuncia “a execução de uma nova conspiração contra a pátria de Bolívar pelo regime supremacista dos Estados Unidos, cujo objetivo é intensificar as ameaças já repetidas contra o povo [venezuelano], e pretender, com a sua ingerência, submeter a uma nova colonização”.
O Governo venezuelano considera que as sanções “violam a Carta da ONU e os princípios mais elementares do direito internacional que regem as relações civilizadas entre Estados soberanos”.
“Constituem uma nova agressão imperial orientada para intensificar o ataque contra o povo, pretendendo, pela via do bloqueio comercial, da perseguição financeira e do boicote económico, provocar o caos na nossa economia e assim quebrar a vontade do nosso povo”, refere.
Segundo o Governo venezuelano, com as sanções, a administração de Donald Trump “comete um crime que lesiona a Humanidade e que pode ser denunciado no Tribunal Penal Internacional como uma violação do Estatuto de Roma”.
“A Venezuela deu um tremendo salto para o futuro ao lançar um mecanismo económico, revolucionário, como o Petro, apoiado por mais de cinco mil milhões de barris de petróleo, o que permitirá que o país quebre as amarras do dólar e abra as portas para a realização firme da prosperidade do nosso sistema económico e produtivo”, afirma ainda.
O comunicado refere ainda que “o Governo da Venezuela, apesar desta nova e grosseira intromissão, ratifica perante a comunidade internacional e outros setores da económica global a sua firme, absoluta e soberana decisão de continuar a promover a tecnologia ‘Blockchain’ e fazer do Petro uma das criptomoedas mais sólidas e confiáveis do mundo”.
O Presidente dos EUA, Donald Trump, assinou segunda-feira uma ordem executiva que proíbe as empresas e os cidadãos norte-americanos ou estrangeiros radicados no país de realizarem transações em qualquer tipo de moeda digital emitida pelo seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro.
“Proíbem-se todas as transações relacionadas com a provisão de financiamento e outras negociações, a pessoas dos Estados Unidos ou dentro dos EUA, com qualquer moeda digital que tenha sido emitida por, para ou em nome do Governo da Venezuela, a partir de 09 de janeiro de 2018″, lê-se na ordem executiva.
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