"Estou aqui provisoriamente, na residência do embaixador" da Argentina, disse hoje Blanco ao canal de televisão VPI, após a detenção de Edgar Zambrano, vice-presidente da Assembleia Nacional (AN) e braço direito de Juan Guaidó, pelos serviços secretos venezuelanos.
O filho de Blanco já havia confirmado hoje que o deputado havia se refugiado na residência do embaixador argentino através da sua conta na rede social Instagram.
Mariela Magallanes foi recebida, na quarta-feira, na residência do embaixador de Itália em Caracas, segundo divulgaram hoje os meios de comunicação locais.
Funcionários do Serviço Bolivariano de Inteligência da Venezuela (Sebin, serviços secretos) detiveram na quarta-feira o vice-presidente do parlamento, Edgar Zambrano.
Na sexta-feira, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) venezuelano acusou o vice-presidente do parlamento dos crimes de traição à pátria e conspiração, por ter apoiado uma tentativa de golpe de Estado contra o Presidente do país, Nicolás Maduro.
O STJ acusou quarta-feira três deputados opositores de “traição à pátria e conspiração”, elevando para 10 o número de parlamentares acusados por aqueles mesmos delitos.
A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando o líder da AN, Juan Guaidó, se autoproclamou Presidente interino e prometeu formar um Governo de transição e organizar eleições livres.
Guaidó, de 35 anos, contou de imediato com o apoio de mais de 50 países, incluindo os EUA e a maioria dos países da União Europeia, entre os quais Portugal, que reconheceram Guaidó como Presidente interino encarregado de organizar eleições livres e transparentes.
Na madrugada de 30 de abril, um grupo de militares manifestou apoio Juan Guaidó, que pediu à população para sair à rua e exigir uma mudança de regime.
Nicolás Maduro, 56 anos, no poder desde 2013, recusou o desafio de Guaidó e denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.
À crise política na Venezuela soma-se uma grave crise económica e social, que já levou mais de 2,3 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, de acordo com dados da ONU.
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