“Informo à Venezuela que as 2.200 toneladas de pernil estão retidas na Colômbia”, disse na quinta-feira o ministro venezuelano da Agricultura Urbana, Freddy Bernal, numa mensagem publicada na sua conta do ‘Twitter’, destacando que “a sabotagem é dos Estados Unidos “ao congelar as contas dos que vendem comida ao país”.
De acordo com Bernal, “o governo colombiano mantém há sete dias os pernis retidos na fronteira de Paraguachón”, entre La Guajira e o estado venezuelano de Zulia.
O ministro venezuelano que também é responsável pelo sistema de distribuição de alimentos, os denominados Comités Locais de Abastecimento e Produção, disse numa outra mensagem que “60% do pernil que até agora foi distribuído foi graças à compra feita aos produtores nacionais”.
Para o governante, “a percentagem programada foi sabotada” pelos Estados Unidos e pelos “seus aliados comerciais no mundo”.
Na quinta-feira, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou Portugal de sabotar a importação de pernil de porco, depois de Caracas ter feito um plano de importação e acertado os pagamentos.
Este problema levou os venezuelanos para as ruas em protesto contra o Governo do Presidente Nicolás Maduro pelo incumprimento da promessa de distribuir pernil de porco na época do Natal, reclamando que também não terão aquele e outros produtos no fim de ano.
O ministro dos Negócios Estrangeiros português rejeitou a acusação de sabotagem à venda de carne de porco à Venezuela, frisando que Portugal é uma economia de mercado em que o Governo não interfere nas relações entre empresas.
Entretanto, a empresa agroalimentar Raporal informou que a Venezuela deve cerca de 40 milhões de euros às empresas portuguesas fornecedoras de pernil de porco àquele país, dos quais 6,9 milhões lhe são devidos.
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