“Somos o centro de uma grande operação mundial dos poderes imperiais. Os velhos poderes coloniais e imperiais do século XIX e XX, que sempre viram a Venezuela como a rebelde, uma vez mais vieram contra a nossa pátria”, disse Maduro, que falava numa conferência de imprensa com jornalistas estrangeiros.
Neste encontro com a imprensa internacional, no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, o Governo venezuelano pretende responder às posições que alguns países manifestaram contra a AC e a revolução bolivariana.
“Hoje temos um objetivo muito claro: intercalar e fazer um esforço tremendo para levar a verdade, para continuar levando a verdade da Venezuela e defender a nossa pátria”, frisou na intervenção de abertura.
Segundo Nicolás Maduro, a estratégia contra Caracas conseguiu que o tema Venezuela se tenha convertido num assunto de interesse nacional para outros países, por exemplo na Colômbia, onde “só se fala da Venezuela”.
Por outro lado, voltou a apelar ao Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o estabelecimento de melhores relações bilaterais fundamentadas na não ingerência e no respeito mútuo pela soberania e independência, vincando que Caracas tem as melhores relações com o povo norte-americano, mas não com o Governo norte-americano.
“Estamos no melhor momento das relações com os EUA, se do povo se trava. Agora, lamentavelmente estamos no pior momento das relações com o Governo dos Estados Unidos”, disse.
Nicolás Maduro explicou que a petrolífera Citgo (petrolífera venezuelana nos EUA) tem um importante programa de assistência a famílias norte-americanas com combustível para o sistema de aquecimento.
O Presidente venezuelano lamentou que Donald Trump ameace intervir militarmente na Venezuela e insistiu na importância do estabelecimento de um diálogo proveitoso, no respeito das diferenças, sem afetar as relações bilaterais.
“Nós acreditamos na igualdade e na relação entre iguais, respeitando as diferenças”, frisou.
Todavia, acusou Donald Trump de violar todos os acordos internacionais ao ameaçar a Venezuela e insistiu que não cederá na defesa da revolução bolivariana.
“O objetivo das elites imperialistas de EUA é submeter a Venezuela aos seus desígnios (…) não lhe entregaremos o poder, nem à oligarquia nem ao imperialismo”, garantiu.
Durante a conferência de imprensa, Nicolás Maduro, pediu à imprensa internacional que transmita a verdade ao mundo e que não seja “cúmplice” de uma escalada para uma eventual intervenção militar na Venezuela.
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