“Comunico a todos os chefes de missão diplomática e seu pessoal acreditado na Venezuela que o Estado da Venezuela deseja firmemente que mantenham a sua presença diplomática no nosso país”, afirma Guaidó, que hoje se autoproclamou Presidente interino do país, num comunicado difundido na rede social Twitter.
“Responsavelmente vos digo que somos uma nação soberana e continuaremos a manter relações diplomáticas com todos os países do mundo. Continuamos firmes em retomar a ordem constitucional”, refere.
O comunicado do presidente da Assembleia Nacional venezuelana é “dirigido a todas as embaixadas presentes na Venezuela”.
Guaidó insta as missões diplomáticas a “ignorar qualquer ordem ou disposição a este respeito que contradiga o firme propósito do poder legítimo da Venezuela” - que diz representar “em virtude da Constituição” – de que “as missões diplomáticas, chefes de missão e todo o seu pessoal continuem a trabalhar na Venezuela com normalidade e que se respeitem todas as imunidades e privilégios”.
“Qualquer disposição contrária careceria de validade, pois emanaria de pessoas ou entidades que, pelo seu caráter usurpatório, não têm autoridade legítima para se pronunciar a este propósito”, refere ainda a mensagem, com a assinatura de Juan Guaidó.
O Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou hoje o corte de relações com os Estados Unidos e deu 72 horas aos diplomatas norte-americanos para saírem da Venezuela, depois de Washington ter afirmado reconhecer Guaidó como Presidente interino da Venezuela.
Também o Canadá, a Organização dos Estados Americanos (OEA), o Brasil, a Colômbia, o Peru, o Paraguai, o Equador, o Chile e a Costa Rica também já reconheceram Guaidó, enquanto México e Bolívia declararam apoio a Maduro.
Maduro, que falava a partir do palácio presidencial, acusou os Estados Unidos de "intervencionismo".
"Decidi romper as relações diplomáticas e políticas com o governo imperialista dos Estados Unidos", disse Nicolás Maduro.
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