“A ajuda humanitária chegará por ar, por mar, por terra e assim conseguirá entrar. Precisamos de abrir um corredor humanitário, aconteça o que acontecer”, disse o também presidente da Assembleia Nacional, maioritariamente da oposição.

Juan Guaidó falava em Caracas durante um encontro com dezenas de motoristas de autocarros que se concentraram no leste da capital para apoiar o líder opositor e para oferecer o seu apoio à operação de entrega de ajuda humanitária, prevista para sábado.

“Este 23 de fevereiro haverá brigadas voluntárias e humanitárias, que aqui há muitas, deslocando-se às fronteiras, não apenas em Cúcuta [Colômbia], nem em Táchira, nem em Bolívar [estados venezuelanos], por mar também virá ajuda humanitária”, disse.

O autoproclamado presidente interino pediu aos voluntários para estarem prontos para a mobilização nos portos de Puerto Cabello (centro do país) e de La Guaira (norte de Caracas), assim “como em todo o país”.

Guaidó instou ainda os venezuelanos para que se concentrem junto dos quartéis, recordando que no sábado termina o prazo para que os militares permitam a entrada de ajuda humanitária no país, desde os centros de acolhimento na Colômbia, Brasil e Curaçau.

“Concentrar-nos-emos nos quartéis de maneira pacífica, mas muito contundente. Iremos a cada um desses lugares exigir ajuda humanitária. Senhores das Forças Armadas, o povo venezuelano está a ver e quer vê-los muito bem a ajudar a carregar as caixas” de ajuda humanitária, acrescentou.

Guaidó sublinhou ainda que se deve abrir “um canal humanitário” de qualquer forma.

“O nosso sacrifício não será em vão”, garantiu.

Na quarta-feira, o governo venezuelano proibiu a saída de qualquer embarcação dos portos da Venezuela.

Segundo a agência noticiosa France-Presse, que cita um documento militar, o aparelhamento de embarcações em todos os portos venezuelanos foi suspenso até domingo por razões de segurança.

Não foi referida a situação das embarcações que tentam chegar ao país.

Já na terça-feira, a Venezuela encerrou, por tempo indeterminado, as comunicações aéreas e marítimas com as ilhas caribenhas de Aruba, Bonaire e Curaçau.

O encerramento das fronteiras aconteceu a poucos dias da data-limite (23 de fevereiro) imposta pelo autoproclamado Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, para a entrada de ajuda humanitária internacional, que se encontra em Curaçau, Cúcuta (Colômbia) e no Brasil.

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