"Na ausência de um anúncio relativo à realização de novas eleições com as garantias necessárias nos próximos dias, a União Europeia irá tomar novas  medidas, inclusivamente relativas ao reconhecimento da liderança do país em linha com o artigo 233 da Constituição venezuelana”, adianta a Alta Representante para a Política Externa da União Europeia (UE) num comunicado que expressa a posição da UE face à situação na Venezuela.

A tomada de posição da UE surge depois da Espanha, França e Alemanha terem comunicado que iam vão reconhecer o líder parlamentar Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, caso Nicolás Maduro não convocasse eleições no prazo de oito dias.

Os três países fizeram anúncios, em notas separadas, de que dão oito dias a Maduro para anunciar eleições acontece depois dos Estados-membros da UE não terem sido capazes na sexta-feira à noite de se entenderem sobre uma declaração comum, avança a Agência France Presse.

O líder do parlamento venezuelano, Juan Guaidó, autoproclamou-se na quarta-feira Presidente interino da Venezuela.

A Venezuela, país onde residem cerca de 300.000 portugueses ou lusodescendentes, enfrenta uma grave crise política e económica que levou 2,3 milhões de pessoas a fugir do país desde 2015, segundo dados da ONU.