"Ocorreu uma situação muito estranha e curiosa no Parlamento Europeu, que decidiu outorgar um prémio à oposição venezuelana por queimar pessoas vivas, por gerar violência, morte e por causar sofrimento ao povo", disse.
Segundo Delcy Rodríguez, a União Europeia, "um dos poderes imperiais", ao outorgar o prémio à oposição venezuelana "começa a sorrir ao fascismo que grandes sacrifícios lhe custou na história".
"É para refletir", frisou.
A oposição venezuelana venceu na quinta-feira o Prémio Sakharov 2017 "pela coragem demonstrada por estudantes e políticos na luta pela liberdade".
O prémio foi atribuído ao presidente do parlamento e líder do partido Primeiro Justiça e aos presos políticos Leopoldo López, António Ledezma, Daniel Ceballos, Yon Goicochea, Lorent Saleh, Alfredo Ramos e Andrea González.
O reconhecimento é atribuído num momento de grandes divisões internas na aliança opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD), fracionada depois de ver quatro governadores de Ação Democrática, eleitos a 15 de outubro, prestar juramento perante a Assembleia Constituinte, que a oposição diz ser ilegal e estar ao serviço do regime cubano.
Segundo o presidente do parlamento e um dos premiados, Júlio Borges, o prémio deve servir para reunificar a oposição, tendo por base o apoio internacional que tem.
"Tudo o que está a acontecer (divisões) é algo difícil, mas devemos encontrar um caminho claro, unificar forças para não ficarmos fazendo ruído entre nós (mesmos)", disse aos jornalistas.
Segundo Júlio Borges, o prémio é para todo o povo venezuelano e para a Assembleia Nacional (parlamento, onde a oposição detém a maioria, mas é ignorada pelo regime).
Por outro lado, o preso político venezuelano e ex-presidente da Câmara Metropoliana de Caracas António Ledezma pediu que o Prémio Sakharov 2017 seja destinado às famílias dos presos políticos com dificuldades económicas.
O prémio, de 50 mil euros, será entregue em 13 de dezembro, em Estrasburgo.
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