"Estamos extremamente preocupados com a situação na Venezuela, mas está claro que Nicolás Maduro não é o líder legítimo" do país, disse Hunt, de acordo com o site governamental do Reino Unido, Gov.uk.
De visita a Washington para se reunir com o Vice-Presidente dos EUA, Mike Pence, e com o Secretário de Estado, Mike Pompeo, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido lembrou que as eleições de 20 de março que deram um segundo mandato a Nicolás Maduro foram "profundamente débeis" e que o regime do atual presidente causou "danos inauditos ao povo da Venezuela".
Dessa forma, Hunt justificou assim acreditar que "Juan Guaidó é a pessoa certa para levar a Venezuela adiante", garantindo que o Reino Unido se vai juntar "aos EUA, Canadá, Brasil e Argentina para que tal aconteça".
O Reino Unido junta-se assim aos países que reconhecem a legitimidade de Guaidó: Estados Unidos da América, Brasil, Canadá, Argentina, Chile, Colômbia, Peru, Paraguai, Guatemala e Costa Rica. Acresce a estes países a Organização dos Estados Americanos.
O líder do parlamento da Venezuela, Juan Guaidó, autoproclamou-se quarta-feira Presidente interino da Venezuela, perante milhares de pessoas concentradas em Caracas.
"Levantemos a mão: Hoje, 23 de janeiro, na minha condição de presidente da Assembleia Nacional e perante Deus todo-poderoso e a Constituição, juro assumir as competências do executivo nacional, como Presidente Encarregado da Venezuela, para conseguir o fim da usurpação [da Presidência da República], um Governo de transição e eleições livres", declarou.
Para Juan Guaidó, "não se trata de fazer nada paralelo", já que tem “o apoio da gente nas ruas".
Nicolás Maduro iniciou a 10 de janeiro o seu segundo mandato de seis anos como Presidente da Venezuela, após uma vitória eleitoral cuja legitimidade não foi reconhecida nem pela oposição, nem pela comunidade internacional.
Os Estados Unidos, o Canadá, a Organização dos Estados Americanos (OEA), o Brasil, a Colômbia, o Peru, o Paraguai, o Equador, o Chile e a Costa Rica reconheceram Juan Guaidó como Presidente interino da Venezuela.
A Venezuela enfrenta uma grave crise política e económica que levou 2,3 milhões de pessoas a fugir do país desde 2015, segundo dados da ONU.
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