"Se com Passos Coelho houve um ex-primeiro-ministro preso, talvez com André Ventura houvesse vários dirigentes de esquerda presos em Portugal porque roubaram este país até ao tutano", disse Ventura no discurso de encerramento do III Congresso Nacional do partido, que hoje terminou em Coimbra.
Num ataque violento à "esquerda e à extrema-esquerda", o líder e deputado único do Chega afirmou ainda que, se um dia tiver responsabilidades, "chamará à responsabilidade a esquerda e extrema-esquerda pelo que fizeram a Portugal".
Apontando ao PS e António Costa, Ventura afirmou que "isto de destruir um país em pandemia com o suposto objetivo de controlar a pandemia" terá que "ser levado à responsabilidade".
E ao contrário do que disse ter acontecido com o Governos PSD/CDS de Passos Coelho, se chegar ao poder não quer ser "fofinho" ou "o limpa lençóis", mas sim "chamar à responsabilidade a esquerda e a extrema-esquerda pelo que fizeram a Portugal".
O que esquerda e extrema-esquerda “fizeram a Portugal” foi empobrecer o país, “destruir emprego e o tecido empresarial” ou deixar “pensionistas na miséria com 150 euros por mês”, disse.
Depois de repetir que quer ser a terceira força nas autárquicas deste ano, disse ainda que quer “muito, muito, muito limpar este país”: “Está tão destruído que envergonharia os nossos avós e os nossos pais”.
Sem a delegação do PSD na sala, dado que cancelou a presença à última hora depois das críticas que se ouviram durante os três dias do congresso, Ventura ironizou: “Já nem vou dormir esta noite”.
E repetiu que serão os portugueses “a dar força” ao Chega nas legislativas e levá-lo ao poder.
Num discurso violento, disse ser necessário que o partido não ceda ao “politicamente correto” e não ceda “às elites”, e fez uma dramatização final: “talvez um dia uma bala acabe com a minha vida, mas nunca terminará com esta força que é Portugal”.
“Para sermos um partido de governo, temos que mostrar que governamos a nossa casa bem”
“Para sermos um partido de governo, temos que mostrar que governamos a nossa casa bem”, pediu Ventura, no discurso em que apelou a quatro anos de unidade, desdramatizando, porém, do debate e democracia internos.
E a exemplo do que dissera o seu convidado Matteo Salvini, líder da Liga, da extrema-direita italiana, horas antes, insistiu que “os inimigos” do partido estão lá fora e não dentro.
“Todos os derrotados [do congresso] devem dar as mãos uns aos outros em prol do futuro de todos nós”, apelou.
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