“Depois da reunificação com a pátria, o povo de Hong Kong tornou-se senhor da sua própria cidade”, afirmou Xi Jinping.
Xi defendeu que o princípio “um país, dois sistemas”, que governa a relação entre a China continental e as duas regiões administrativas especiais, Hong Kong e Macau, tem o apoio de 1,4 mil milhões de chineses e “a aprovação generalizada” da comunidade internacional.
“Não há razão para mudar um sistema tão bom e deve ser apoiado durante muito tempo”, acrescentou o Presidente chinês, depois de empossar o novo executivo, liderado por John Lee.
Lee, de 64 anos, foi eleito, no início de maio, ao abrigo do novo sistema eleitoral, promovido pelo Governo central em 2021 para garantir que a região semiautónoma é governada por patriotas leais ao regime chinês.
Xi Jinping reiterou que Pequim goza de plena jurisdição sobre Hong Kong e sublinhou que “o regime deve estar nas mãos de patriotas (…) Não há ninguém no mundo que permita que intrusos, criminosos ou até traidores tomem o poder político”.
O governo de Hong Kong por patriotas é um princípio que deve ser mantido para garantir a prosperidade e a estabilidade da região, acrescentou.
Tudo o que o Partido Comunista Chinês fez foi “para o bem de Hong Kong”, garantiu Xi. Depois do “vento e da chuva”, a população agora entende que “a cidade não pode se dar ao luxo de cair no caos”, considerou.
O novo chefe do executivo prometeu reforçar a integração com a China continental e o papel de Hong Kong como um centro de inovação, para criar uma cidade inclusiva, “com abundância de oportunidades e vitalidade”.
Xi Jinping disse esperar que John Lee “mantenha a harmonia e a estabilidade” e reforce a “integração com o plano de desenvolvimento estratégico” da China, assim como “o sentido de identidade nacional” da população de Hong Kong.
“Os jovens têm futuro, Hong Kong tem futuro”, garantiu.
No discurso de tomada de posse, John Lee afirmou que a lei de segurança nacional e “a melhoria do sistema eleitoral” conseguiram levar Hong Kong “do caos para a prosperidade”.
A lei de segurança nacional, aprovada por Pequim em 2020, prevê penas de prisão perpétua para casos de secessão, terrorismo ou conluio com forças estrangeiras, entre outros.
Desde então foram detidos, ao abrigo daquela lei, dezenas de ativistas, políticos da oposição, jornalistas e académicos em Hong Kong, colocando um fim ao movimento pró-democracia que começou em 2019.
Os próximos cinco anos serão um período vital para a cidade dar passos rumo a “uma maior prosperidade e melhor governança”, disse o novo chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Hong Kong.
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