Frans Timmermens, também dirigente dos trabalhistas holandeses, que se encontra em Lisboa para participar na reunião do Conselho do Partido Socialista Europeu (PSE), falava aos jornalistas em São Bento, após ter sido recebido pelo primeiro-ministro, António Costa.
“Sou amigo há vários anos do primeiro-ministro português e tive agora a oportunidade de o felicitar por protagonizar uma das histórias de sucesso da Europa”, considerou o vice-presidente da Comissão Europeia.
De acordo com Frans Timmermens, quando há alguns anos conheceu António Costa “a crise era profunda e a Comissão Europeia iniciou então uma política de estreita cooperação com o Governo português”.
“Vemos agora que os resultados deram frutos em Portugal. Pela primeira vez desde 1994, a diferença entre ricos e pobres em Portugal está a diminuir. Se olharmos para os motivos de revolta e de insatisfação na Europa, estão precisamente relacionados com as consequências da crise, que aumentou o fosso entre ricos e pobres”, sustentou.
Frans Timmermens foi ainda mais longe nos elogios e disse acreditar que a política do Governo português, “combinando finanças públicas sãs, com investimento e atenção à justiça social, vai fazer escola na Europa”.
Questionado sobre a opinião que tem do ministro das Finanças português, Mário Centeno, que está na corrida pela liderança do Eurogrupo, o comissário europeu respondeu com poucas palavras: “É certamente um ministro muito competente”.
“Mas não sei será eleito. Não tenho voto nessa eleição”, alegou.
Interrogado sobre o balanço que faz da ação Jeroen Dijsselbloem como presidente do Eurogrupo, cargo que se prepara para abandonar em breve, o vice-presidente da Comissão Europeia foi aqui direto nos elogios.
“Ele é meu amigo e meu colega de partido, e acho que fez um tremendo trabalho, muito bom mesmo. Se atendermos à realidade de naqueles anos a União Europeia ter enfrentado a pior crise financeira desde a década de 30, temos então de agradecer a Dijsselbloem ter mantido unido aquele Eurogrupo, onde há visões tão diferentes umas das outras. Não foi nada fácil”, frisou Frans Tiimmermens.
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