“Eu assumo que as coisas não estão a correr bem, estamos num período de adaptação e este arranque é um período de adaptação que tem tido alguns incidentes dispensáveis, alguns são naturais de um período de arranque, de adaptação, e outros eram dispensáveis”, admitiu Manuel Castro Almeida em entrevista à rádio Antena 1, que será divulgada hoje.

Relativamente à polémica em torno do currículo académico do secretário-geral do partido, Feliciano Barreiras Duarte, o vice-presidente considerou: “tenho a certeza que o meu companheiro Feliciano Barreiras Duarte estará a avaliar se tem ou não tem condições de poder exercer uma função tão importante e tão exigente como é a de secretário-geral do partido”.

Contudo, Castro Almeida defendeu esta é uma situação que não pode durar muito mais tempo.

Questionado se a situação acontecesse com o próprio Castro Almeida, respondeu: "Não é comigo...isto não aconteceria comigo. Creio que todos compreendemos as circunstâncias particulares em que ele [Barreiras Duarte] está neste preciso momento, isto não pode é durar muito tempo como é obvio".

O semanário Sol noticiou no sábado passado, dia 10 de março, que Feliciano Barreiras Duarte teve de retificar o seu currículo académico para retirar o item que o indicava como professor convidado (‘visiting scholar’) na Universidade de Berkeley, na Califórnia, Estados Unidos.

Na terça-feira passada, a Procuradoria-Geral da República remeteu para inquérito no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa os elementos que recolheu sobre o caso. "Na sequência de notícias vindas a público, a Procuradoria-Geral da República procedeu à recolha de elementos. Esses elementos foram encaminhados para o DIAP de Lisboa com vista a inquérito", revelou a PGR, em resposta à agência Lusa, sem adiantar mais pormenores.

À noite, em comunicado, o secretário-geral do PSD reiterou que “nada fez de errado” e que irá “esperar serenamente” os resultados do inquérito aberto pela Procuradoria-Geral da República ao caso do seu currículo.

“Nada fiz de errado no chamado processo de Berkeley; todos os movimentos e ações relacionados com esse caso estão devidamente documentados e são inequívocos quanto à minha inocência; fui convidado para ‘visiting scholar’ (estatuto que não confere qualquer grau académico) e não me fiz convidado; não tirei qualquer proveito da Universidade de Berkely – nem financeiro, nem académico, nem profissional, nem político”, lê-se num comunicado divulgado na terça-feira por uma agência de comunicação em nome de Feliciano Barreiras Duarte.

Hoje, o jornal Diário de Notícias avança que o presidente Rui Rio estará à espera que Barreiras Duarte apresente a sua demissão.

O presidente do PSD, Rui Rio, escusou-se esta semana a comentar o caso quando questionado pela RTP.

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