O número dois do Governo dos Estados Unidos retomou no seu discurso das acusações emitidas nas últimas semanas por diversos membros da administração, em particular por Donald Trump no seu discurso da semana passada no Conselho de Segurança da ONU. E confirmou uma ofensiva generalizada contra Pequim em plena guerra comercial.
“A China desencadeou um esforço sem precedentes para influenciar a opinião pública americana, as eleições” legislativas de novembro, “e o ambiente que vai conduzir à eleição presidencial de 2020″, denunciou perante o Hudson Institute, um círculo de reflexão conservador de Washington.
“A China imiscui-se na democracia americana” e, “para dizer as coisas de forma abrupta, a liderança do Presidente Trump funciona: a China pretende um Presidente americano diferente”, argumentou.
De passagem, Mike Pence também considerou que a ingerência russa na política norte-americana “é pouca coisa em comparação com o que a China faz por todo este país”.
A ingerência russa destinada a beneficiar uma vitória de Donald Trump nas presidenciais de 2016 está no centro de um inquérito federal do procurador Robert Mueller, que também tenta determinar se existiu conluio entre Moscovo e a equipa de campanha do candidato republicano.
O vice-Presidente dos EUA detalhou hoje estas acusações, assegurando que se apoiam em parte em invenções das agências de informações.
Segundo Pence, as autoridades chinesas, que “tentam explorar as divisões entre os níveis federal e local”, possuem uma estratégia específica para influenciar os eleitores norte-americanos antes das decisivas eleições intercalares de novembro, onde o campo republicano se arrisca a perder a maioria no Congresso.
“Mais de 80% das circunscrições norte-americanas visadas pela China” através das suas taxas alfandegárias “votaram pelo Presidente Trump em 2016, e agora a China pretende virar esses eleitores contra a nossa administração”, considerou.
“Mas esperamos que a relação com Pequim possa melhorar”, disse ainda.
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