De acordo com o jornal espanhol El País, a sentença do Supremo Tribunal de Barcelona também proíbe Vilallonga de se envolver em assuntos esotéricos durante esse período de tempo, devido ao esquema que ela e dois colaboradores perpetraram com um "grau especial de desumanidade e rudeza".

A mulher, identificada como Rosalía P., foi enganada pela vidente depois de, em 2016, ver o programa de Vilallonga num canal de televisão e ter decidido ir ao seu escritório em Barcelona com a perspetiva de poder encontrar uma saída para os seus problemas.

Segundo disse a vítima no julgamento, a vidente ameaçou-a: "Ela disse-me 'tens um mau-olhado, tens um cadáver nas costas e tu e os teus cães vão morrer, não vais conseguir chegar ao fim da semana'".

Rosalía afirma que entrou numa espiral de terror que a levou a pagar 4.400 euros em dinheiro nesse mesmo dia e, nas semanas seguintes, outras quantias significativas de dinheiro, no valor de total de mais de 31 mil euros. Em determinada altura pediram-lhe 17 mil euros para a ajuda de um falso padre que teria vindo especialmente do Vaticano para ajudar no caso.

Contudo, a mulher conseguiu restabelecer o discernimento e levou a vidente a julgamento. Os magistrados consideraram provado que, ao prever a sua "morte iminente", Vilallonga provocou em Rosalía "um estado de medo e de insegurança". Assim, ficou demonstrado que a vidente se aproveitou da "vulnerabilidade" da cliente para "obter ganhos financeiros à sua custa".