A iniciativa, que vai funcionar durante os meses de verão, foi pensada para funcionar no sistema 'drive in', em que os espetadores só podem assistir às transmissões dentro dos seus carros, de acordo com uma capacidade limitada e requerendo a inscrição prévia no site da autarquia vila-condense.
O projeto arranca já este domingo, com a transmissão do jogo de futebol entre o Rio Ave e Paços de Ferreira, da I Liga portuguesa de futebol, estando a ser ultimado um programa que contempla, também, mais jogos de futebol, sessões de cinema, espetáculos musicais e até teatro.
"A iniciativa vai acontecer no espaço da antiga seca do bacalhau e será de acesso exclusivo para automóveis. Não será permitida circulação pedonal. Estão previstos l50 lugares e haverá uma fiscalização. A entrada será gratuita e a programação vai ter o contributo das associações culturais e artísticas do concelho", detalhou a presidente da Câmara de Vila do Conde, Elisa Ferraz.
Este projeto insere-se numa série de medidas que a autarquia preparou para o verão no concelho, onde pretende que, apesar das contingências provocadas pela pandemia de covid-19, haja dinamismo e alternativas de lazer para os munícipes e visitantes.
"Não podendo usufruir das praias como habitualmente, devido às restrições, quisemos preparar a cidade para ser vivida de um modo diferente, criando condições para todos possamos usufruir do verão nos parques, jardins e nos espaços junto ao mar e rio", afirmou Elisa Ferraz.
Assim, para acolher atividades de lazer ao ar livre, a câmara municipal vai encerrar ao trânsito algumas ruas da marginal e da zona ribeirinha e instalar na cidade mesas, cadeira e toldos para que a população possa fazer piqueniques.
Foi também autorizado que os estabelecimentos de restauração e bebidas possam a aumentar as suas esplanadas e será permitida a instalação de bancas de venda de pipocas, gelados, farturas e frutas.
Quanto às praias do concelho, que fazem de Vila do Conde uma das mais populares estâncias balneares do Norte do país, Elisa Ferraz admitiu que terão, este ano, várias restrições de acesso.
"As regras de utilização serão rigorosas e com limitações. Sinto os concessionários preocupados com a situação. Sei que haverá uma fiscalização maior por parte da autoridade marítima, e teremos cuidados redobrados na higienização dos acessos. Espero que todos cumpram regulamentos com civismo e bom senso", acrescentou Elisa Ferraz.
A autarca não escondeu a desilusão por o período da época balnear em Vila do Conde, fixado entre 27 de junho e 30 de agosto, ser, este ano, mais curto, nomeadamente em relação a outras zonas do país.
"Achava excelente que o período balnear pudesse começar mais cedo e ir até 13 de setembro. Estaria disponível, assim como alguns concessionários de praia de Vila do Conde. Mas algumas associações nacionais assim não entenderam. No entanto, acho estranho haver períodos de épocas balneares diferentes em várias zonas do país, não é um bom princípio e pode até confundir as pessoas que nos visitam", acrescentou a presidente da Câmara vila-condense.
Antes do arranque oficial da época balnear, haverá as festas de S.João no concelho, que este ano serão assinaladas de forma bem diferente nas iniciativas promovidas pela autarquia.
Todos os eventos que impliquem aglomerados de pessoas foram cancelados, nomeadamente os espetáculos musicais, procissões, e outras atividades típicas, mas foi preparado um programa sob o lema ""Em casa fazemos a festa", que contempla a transmissão de eventos dos anos anteriores através de plataformas digitais.
A autarquia não pretende, ainda assim, que as celebrações do Santo padroeiro da cidade passem despercebidas, e instalou algumas iluminações nas ruas, onde também haverá música ambiente, uma pequena sessão simbólica de fogo de artificio e instalação de um número reduzido das típicas cascatas são-joaninas.
As esplanadas e os estabelecimentos de restauração e bebidas terão o horário de funcionamento restringindo para evitar o ajuntamento de pessoas.
Entretanto, outros eventos habituais de Vila do Conde no periodo de verão, como as feiras de artesanato e gastronomia, ou espectáculo 'Um Porto para o Mundo' foram cancelados este ano.
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