“O orçamento está preparado para fazer face a todos os desafios que incorporamos na nossa proposta eleitoral”, afirmou à Lusa o presidente do município, Rui Santos.
O PS reconquistou a câmara de Vila Real em 2017 e o autarca garantiu que a sua equipa vai “cumprir escrupulosamente” o que está no programa eleitoral e, se puder, ainda irá "mais longe".
O orçamento para 2019 tem um valor global de 45 milhões de euros, representando um “aumento significativo” em relação ao orçamento inicial de 2018 (38,7 milhões de euros).
Este acréscimo reflete também o aumento com as despesas com o pessoal, devido à admissão ao abrigo do programa de regularização extraordinária dos vínculos precários e do descongelamento de promoções e progressões na carreira.
E, segundo Rui Santos, 2019 será o ano “de avançar mais” com o Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU), que prevê um investimento global de 17,2 milhões de euros e que quer melhorar a mobilidade na cidade.
O PEDU prevê a instalação de meios mecânicos, designadamente elevadores, que vão ajudar a vencer desníveis e tornar a cidade de Vila Real acessível.
Os elevadores, cujo investimento ronda os 800 mil euros e deverão estar operacionais em 2019, vão ligar o bairro dos Ferreiros até à ponte metálica e ainda entre a avenida Almeida Lucena e o Pioledo.
Com este plano pretende-se que, em 2020, esta “possa ser uma cidade inteligente, sustentável e inclusiva”.
O autarca destacou ainda a requalificação da principal avenida de Vila Real, a Carvalho Araújo, a construção da nova Zona Empresarial do Norte (ZEN), do Pavilhão de Acolhimento Empresarial, do Centro Municipal de Proteção Civil e beneficiação do aeródromo, as novas piscinas municipais e a requalificação do mercado municipal.
Rui Santos acrescentou a ampliação da rede de saneamento básico e elencou a “manutenção dos tarifários dos serviços de água, saneamento e resíduos”.
O presidente fez questão de destacar também a redução “em 30%” do desemprego em Vila Real, referindo que o número de desempregados passou dos 3.869 em 2013 para os 2.692 em outubro de 2018.
“Fruto de uma política de atração de investimento e de aumento de notoriedade do concelho que tem ajudado na instalação de novas empresas”, sustentou.
Rui Santos disse ainda que a câmara abateu 10 milhões de euros de dívidas a bancos nos últimos cinco anos.
Os dois vereadores do PSD votaram contra o orçamento e grandes opções do plano, em sede de reunião de executivo.
O vereador da oposição António Carvalho disse à Lusa que as opções da equipa de Rui Santos não “contemplam um conjunto de infraestruturas, obras ou projetos absolutamente necessários nas áreas da mobilidade, requalificação urbana e estacionamento”.
“Não contemplam alguns troços que nós entendemos que é necessário corrigir para atenuar as questões de trânsito em Vila Real”, exemplificou.
António Carvalho criticou aquilo que considerou ser uma “gestão do dia a dia”, sem contemplar “questões mais estruturantes”.
Relativamente ao pacote fiscal para 2019, o vereador disse que o PSD votou contra a manutenção do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) nos 0,390% e frisou que o seu partido defende a redução para a taxa mínima de 0,3%.
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