Dois dos detidos são cidadãos iraquianos e irmãos e foram acusados de criar uma rede de tráfico que envolvia sobretudo refugiados do Iraque e da Síria.

Os homens foram detidos sem incidentes perto de Veneza, hoje de madrugada, depois de a polícia financeira italiana ter entrado numa casa modesta onde os irmãos se encontravam e de onde saíram algemados.

Os suspeitos, identificados como Alaa Qasim Rahima, de 38 anos, e Omar Qasim Rahima, de 30 anos, são acusados de comandar a rede que ajudou a levar sírios da Turquia para a União Europeia, usando cúmplices em vários países.

As autoridades acreditam que os dois fazem parte de uma organização mais ampla, com até 80 membros, que terá organizado pelo menos 30 operações de transporte ilegal de pelo menos 1.100 pessoas, levando-as de barco da Turquia para a costa de Puglia, em Itália, e depois para outros países europeus, esclareceu a agência da União Europeia para a Cooperação Policial (Europol).

Outro líder da rede, também iraquiano, é acusado de ajudar os traficantes a evitar serem detetados em Itália e a regressar à Turquia através da Grécia.

Os pagamentos dos transportes foram feitos por sistemas informais de transferência de dinheiro, como o ‘hawala’, que é usado em alguns países africanos, asiáticos e do Médio Oriente por trabalhadores com salários muito baixos e gangues criminosos para movimentar fundos sem deixar registos.

As autoridades estimam que os lucros ilegais da rede de tráfico de pessoas ascendam a “várias centenas de milhões de euros”.

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