Num artigo no Telegraph, um dos antigos colegas do Rei Carlos III na Gordonstoum School, na Escócia, nos anos 60, Johnny Stonborough descreveu que o atual monarca não apreciou o seu tempo lá, mas que com "todo o bullying" que sofreu pode tornar-se num "monarca bondoso".

Apesar da descrição de Stonborough colocar os estudantes mais jovens a serem alvos fáceis, o atual monarca era o maior alvo. De acordo com o mesmo, era "comum" saber-se que o Rei Carlos III era vítima de bullying. Apesar do ser conhecimento comum, Stonborough presenciou apenas uma vez tais acontecimentos.

Explica no artigo que foi numa "lição de rugby. Alguns rapazes decidiram que seria 'divertido' dar socos, puxar as suas orelhas", tudo fora do campo de visão dos responsáveis. "Ele nunca abriu a boca para se queixar, nunca", escreveu Stonborough.

Stonborough também explicou que ser amigo do monarca era algo praticamente impossível, até porque os mais velhos gozavam com quem fosse "amigo do rei". Para o antigo aluno, "o seu único amigo durante os primeiros dois anos era o seu guarda-costas, o Sargento Green", um antigo agente da polícia em Londres.

Apesar de os tempos iniciais terem sido mais duros para o atual monarca britânico, Stonborough explica que com o passar do tempo, e com o envolvimento de Carlos no teatro estudantil, as coisas melhoraram um pouco. "Ele por vezes baixava a guarda e conversava com as pessoas envolvidas", escreveu Stonborough.

Stonborough explicou que a experiência escolar do Rei o fará um "monarca mais bondoso", acrescentando que "Godonstoun deu-lhe o gosto pelo mundo, a sua empatia por todas as pessoas, de qualquer origem. E também será muito bom para as imensas crianças britânicas que sofrem de bullying saber que o seu Rei também o sofreu e conseguiu sobreviver".