Nicolás Maduro pediu aos simpatizantes da revolução bolivariana que identifiquem mercenários e paramilitares no país, sublinhando que a união cívico-militar-policial é a chave para detetar grupos irregulares.
“Peço aos conselhos, aos CLAP [distribuidores de produtos a preços subsidiados], às Unidades de Batalha Hugo Chávez e às Unidades Populares de Defesa Integral, que nos ajudem a identificar qualquer lugar onde possam existir grupos mercenários e paramilitares que entraram na Venezuela (…) Pelo o apoio à Fúria Bolivariana!”, disse o chefe de Estado, em declarações transmitidas pela televisão estatal venezuelana.
Maduro recomendou aos Estados Unidos e à Colômbia que “deixem quieto quem está quieto, vocês, oligarquia colombiana e imperialismo norte-americano, vão arrepender-se para o resto das vossas vidas. Não continuem a subestimar-nos”.
O Presidente da Venezuela voltou a acusar a Colômbia e os EUA de terem preparado um plano para o assassinar, que inclui também o homicídio do presidente da Assembleia Constituinte, Diosdado Cabello, do ministro da Defesa, e outros membros do Governo venezuelano, com armas compradas pelo narcotráfico colombiano.
“Não nos subestimem, vocês não sabem até onde somos capazes de chegar”, ameaçou.
Por outro lado, questionou o que disse ser uma “loucura e obsessão” do Presidente norte-americano, Donald Trump, contra a Venezuela.
“Até os opositores mais rançosos da Venezuela podem acusar-me de qualquer coisa, podem dizer-me o que for, mas acusar-me de traficante de drogas e terrorista? Até onde irá chegar Donald Trump, com a sua loucura, a sua obsessão?”, disse.
Nesse sentido, Maduro advertiu que “a fúria bolivariana tomou mais corpo do que nunca, se tocarem um só cabelo de um só líder do país, vão arrepender-se para toda a vida”.
Na quinta-feira, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusou Maduro e 13 membros do regime venezuelano de narcoterrorismo.
As autoridades norte-americanas acusaram Maduro e os restantes arguidos de conspirar com rebeldes colombianos para “inundar os Estados Unidos de cocaína”.
Entretanto, os EUA anunciaram recompensas monetárias para quem forneça informações que levem à detenção de Nicolás Maduro, Diosdado Cabello, do presidente do Supremo Tribunal de Justiça venezuelano, Maikel Moreno, do ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, e do ex-vice-presidente da Venezuela Tareck El Aissami, entre outros.
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