O Gabinete Meteorológico da Islândia (Vedur em islandês) registou cerca de 80 sismos antes do início da erupção, que abriu uma fissura na terra com cerca de três quilómetros de comprimento entre as montanhas Stóra-Skógfell e Hagafell, na península de Reykjanes.
Há semanas que o Vedur vinha a alertar que o magma — rocha semifundida — se estava a acumular no subsolo, tornando provável uma erupção.
Cerca de 700 pessoas foram retiradas do spa termal Lagoa Azul, uma das principais atrações turísticas da Islândia, quando a erupção começou, informou a televisão nacional islandesa RUV.
Até ao momento a erupção não causou qualquer problema nos voos de e para Keflavik, o principal aeroporto da Islândia.
O local da erupção fica a poucos quilómetros a nordeste de Grindavik, uma vila de pescadores de cerca de quatro mil habitantes, alguns dos quais tiveram de ser retirados de casa no sábado devido a esta erupção.
Citado pela RUV, o geofísico Magnús Tumi Guðmundsson disse que esta é a mais forte das quatro erupções registadas em três meses.
O Vedur disse que parte da lava estava a correr em direção às barreiras defensivas estabelecidas ao redor de Grindavik, uma vila costeira a cerca de 50 quilómetros (30 milhas) a sudoeste da capital da Islândia, Reiquiavique.
Todos os residentes de Grindavik foram retirados em 11 de novembro, depois de centenas de terramotos danificarem edifícios e abrirem enormes fissuras nas estradas, e só foram autorizados a regressar a casa há menos de um mês.
O futuro da vila é incerto e o Governo islandês apresentou, entretanto, um projeto de lei que permitiria aos residentes vender as casas a uma empresa estatal.
A Islândia abriga 33 sistemas vulcânicos ativos, o número mais elevado da Europa. O país está localizado na Dorsal Meso-Atlântica, uma fenda no fundo do oceano que separa as placas tectónicas da Eurásia e da América do Norte e causa sismos e erupções.
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