Em entrevista à agência Lusa, Nicolas Brusson CEO da BlaBlaCar lamentou que haja confusão, nomeadamente em Espanha e nos Estados Unidos, entre a plataforma digital que cofundou e outras como a Uber ou a Cabify para explicar a origem do conflito.

“Uma coisa é um serviço que as pessoas chamam e envolvem um motorista, que vai ser pago e que vai conduzir até ao local pretendido. Outro é o denominado ‘carpooling’ numa viagem que se iria fazer de qualquer forma”, argumentou o responsável, reportando-se ao processo levantado pela autarquia de Madrid que quer multar a plataforma e os seus condutores.

“Na base da BlaBlaCar está apenas o dividir de custos, não recrutamos motoristas profissionais, temos sim pessoas normais com carros a conduzir para algum lado e a partilhar a viatura”, precisa Brusson, recordando que as pessoas já procuravam boleias antes do uso generalizado das tecnologias.

O empresário recusa todas as acusações do município de Madrid de procura de lucro, incluindo as situações em que as pessoas recorrentemente partilham boleias.

Depois de ter recorrido à Comissão Europeia, a plataforma digital admite que ainda demorará tempo até que “haja uma resposta”.

“É algo complexo, se calhar podem passar dois anos até que a situação fique completamente resolvida”, estimou o empreendedor, que quer garantir que as autoridades, “Bruxelas, onde já percebem e outros países” percebam as “diferenças entre os serviços como a Uber” e a BlaBlaCar.

Brusson recusou que se procure publicidade com este caso, mas que é inevitável que a plataforma seja falada quando há polémicas.

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