“É uma pena que o Governo não tenha conseguido resolver a situação uma semana antes de o evento ter início. Há um caos causado por o Governo não se ter entendido com o Metro e é uma pena”, disse Carlos Moedas aos jornalistas na sala de conferências da ‘media village’ do evento internacional, na Altice Arena.
O social-democrata lembrou que, apesar de ter acabado de chegar à Câmara de Lisboa (foi eleito nas autárquicas de 26 de setembro), o seu trabalho é “fazer pressão junto do Governo” para o desbloquear a situação.
Trabalhadores do Metropolitano de Lisboa cumpriram hoje uma nova greve parcial de manhã, tendo a circulação sido iniciada pelas 10:15, no dia em que também se cumpre uma paralisação de 24 horas na Rodoviária de Lisboa.
Os trabalhadores do Metro (tutelado pelo Governo) iniciaram também na segunda-feira uma greve ao trabalho extraordinário por 10 dias, renováveis, e para quinta-feira (dia 04) está prevista uma greve de 24 horas.
Por causa da paralisação, a Carris, gerida pela Câmara Municipal de Lisboa, anunciou um reforço de quatro das suas carreiras rodoviárias.
Os sindicatos representativos dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa, E.P.E. apresentaram pré-avisos de greve em protesto contra o congelamento salarial e exigindo o preenchimento imediato do quadro operacional e as progressões na carreira.
“Estamos a fazer todos os esforços naquilo que é o meu poder, seja em relação aos autocarros, seja em ter os ‘shuttles’ para trazer as pessoas para a Web Summit. Mas esse caos está a ser causado pelo Governo em não se entender com o Metro”, afirmou.
O recém-eleito presidente da câmara disse reconhecer “o direito absoluto dos trabalhadores” à greve.
“Mas há um papel do Governo não deixar chegar a situação a este ponto, é muito triste. A culpa aqui é de quem não se entendeu”, sublinhou.
Na semana passada, foram realizadas duas greves parciais idênticas às de hoje na transportadora. O Metropolitano de Lisboa diz estar “recetivo à discussão das propostas apresentadas pelas entidades sindicais, sendo as mesmas objeto de negociação”.
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