“É um gesto simbólico que quer retratar bem o que é hoje a cidade de Lisboa: uma cidade aberta, tolerante, que acolhe a diversidade, quer dar as boas-vindas a todos, para que todos possam aqui construir o seu potencial, para que possam ter aqui a sua oportunidade”, disse Fernando Medina, em declarações aos jornalistas no final da cerimónia de arranque da Web Summit, na qual ofereceu a chave a Paddy Cosgrave.
Relacionando a homenagem com a atualidade mundial, Fernando Medina vincou: “Num mundo tão conturbado como aquele em que vivemos, em que somos confrontados com notícias sombrias, seja da saída da Inglaterra da União Europeia, seja do que se está a passar na Hungria e nas eleições norte-americanas, a mensagem mais forte que podemos trazer é que Lisboa é diferente e se preza pela abertura, pelo acolhimento da diversidade, […] que não diferencia em função da religião e da etnia”.
Já referindo-se à conferência de tecnologia, que decorre em Lisboa até quinta-feira (dia até ao qual está emprestada a chave da cidade a Paddy Cosgrave), o autarca socialista salientou que “a Web Summit tem uma importância grande para a cidade e para o país”.
“São dezenas de milhares de empresas e investidores das maiores empresas do mundo que estão por cá nestes dias”, assinalou Fernando Medina, falando em “mais oportunidade de investimento para a cidade e para o país, mais oportunidades para as empresas e para as ‘startups’”.
Além disso, o evento significa “mais oportunidades para que possamos mostrar a cidade e o país como um país aberto, cosmopolita, já com os elementos da modernidade tão importantes […] para as novas tecnologias”, adiantou.
Na sua ótica, esta primeira edição do evento (que fica na cidade por, pelo menos, três) é “o início de uma relação”, que será “aproveitada ao máximo” pelo município para “mudar a face da economia”.
Já intervindo na cerimónia, que decorreu no Meo Arena, no Parque das Nações, Fernando Medina revelou esperar que os empreendedores “se sintam em casa”, convidando-os a viver e trabalhar na cidade.
Socorrendo-se da linguagem habitual do setor, o autarca defendeu ainda que “Lisboa não precisa de ‘pitch’ [pequena apresentação que os empreendedores fazem dos seus negócios], porque tem um ‘pitch’ próprio”, evidenciado através de locais como o Bairro Alto.
A Web Summit é uma conferência global de tecnologia, inovação e empreendedorismo que decorrerá até quinta-feira, onde são aguardados mais de 50.000 participantes, de mais de 165 países, incluindo mais de 20.000 empresas, 7.000 presidentes executivos e 700 investidores.
Entre os oradores, estarão os fundadores e presidentes executivos das maiores empresas de tecnologia, bem como importantes personalidades das áreas de desporto, moda e música.
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