Numa mensagem na rede social Twitter, a Web Summit manifesta-se “profundamente triste com a perda de vidas e a tragédia em curso” na Ucrânia.

“Somos solidários com a Ucrânia e opomo-nos a esta guerra de agressão”, afirma.

À medida que a crise na Ucrânia se desenrola, a Web Summit “irá apoiar e agirá de acordo com as restrições e sanções implementadas pela União Europeia contra a Rússia e a Bielorússia”.

Nesse sentido, “tomámos a decisão de proibir todos os membros e agências governamentais, media controlados pelo Estado, negócios apoiados pelo Estado e empresas com vínculos com o Governo russo, de participar na Web Summit”, anuncia a organização.

“Além disso, todos os negócios russos, incluindo empresas públicas e privadas, serão proibidas de expor” na Web Summit, acrescenta.

A organização garante que irá continuar a “acompanhar a situação de perto” e, da forma como as coisas estão, a Web Summit não receberá “nenhuma organização ou empresas russas ou bielorussas em Lisboa em novembro”.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de um milhão de refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.

O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a “operação militar especial” na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.