“É agora claro para mim que a decisão correta para a #WebSummit é retirar o convite a Marine Le Pen”, escreveu Cosgrave na sua conta na rede social Twitter.

Numa série de ‘tweets’, Cosgrave explicou que a sua equipa, “com base nos conselhos” que recebeu e “na ampla reação ‘online’ ao longo da noite”, concluiu que a presença de Le Pen “é desrespeitosa em particular para o país anfitrião” e “para alguns entre as dezenas de milhares de participantes” de todo o mundo que acorrem ao evento tecnológico e de inovação.

A iniciativa vai realizar-se este ano pela terceira vez em Portugal.

O responsável frisou que “a questão do ódio, liberdade de expressão e plataformas tecnológicas é decisiva em 2018”, pelo que a Web Summit “vai redobrar esforços para abordar esta difícil questão com mais cuidado”.

“Estamos abertos a quaisquer sugestões sobre quem pode ser adequado, mas também desadequado, para falar sobre um amplo conjunto de questões que afetam a sociedade e a tecnologia”, disse ainda.

O convite a Marine Le Pen suscitou polémica depois de o Bloco de Esquerda (BE) e a Associação SOS Racismo terem exigido às entidades envolvidas na organização do evento que tomassem uma posição pública.

Cosgrave reagiu num primeiro momento explicando a decisão e afirmando que se o Governo português pedisse, aceitaria retirar o convite.

Já hoje, o Ministério da Economia anunciou em comunicado que não tem intervenção na "seleção de oradores" do Web Summit e que valoriza a sua realização em Portugal.


Notícia atualizada às 13:20