“Apenas numa semana o inimigo bombardeou 258 vezes 30 localidades na nossa região de Kherson”, no sul do país, disse Volodymyr Zelensky na sua habitual mensagem noturna transmitida pela televisão.

“Não são capazes de fazer nada, apenas destruições. É o que deixam no seu caminho. O que agora fazem contra a Ucrânia é uma tentativa de vingança. De vingança porque os ucranianos defenderam-se deles por várias vezes”, afirmou.

Segundo a agência noticiosa oficial Ukrinform, a Rússia atacou Kherson 21 vezes nas últimas 24 horas, atingindo com os seus mísseis edifícios residenciais e infraestruturas civis.

À semelhança de dias anteriores, as sirenes de alarme aéreo voltaram a ecoar por toda a Ucrânia, mas sem que fosse registado um ataque massivo.

O porta-voz da Força Aérea ucraniana, Yuryi Ignat, referiu terem sido detetados voos de bombardeiros estratégicos russos, mas que também foram registadas “ameaças de ataque com mísseis instalados em terra”.

Segundo o norte-americano Instituto de Estudo da Guerra (ISW), as forças russas prepararam-se para atingir a Ucrânia na próxima semana com uma nova vaga de ataques com mísseis.

“Mas o mais provável é que estes preparativos apontem para manter o ritmo dos recentes ataques, e não incrementá-los devido às limitações do arsenal de mísseis russo”, assinalou o ISW.

Na segunda-feira, Zelensky tinha advertido sobre um possível novo ataque massivo durante esta semana.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas — mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.655 civis mortos e 10.368 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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