Volodymyr Zelensky deu uma entrevista à Sky News onde abordou todos os temas mais quentes da guerra na Ucrânia, desde o seu início e até ao momento, tendo já decorridos 11 meses. Mais uma vez, o líder ucraniano salientou que não está disponível para qualquer tipo de conversa com Vladimir Putin, presidente da Rússia, tudo porque, segundo ele, este não quer "negociações porque não quer paz".

"Quem é ele agora? Depois da invasão em grande escala, para mim ele não é ninguém, é um zé ninguém. Não estou interessado em falar com ele. Eles não querem conversa, este era o caso já antes da invasão. O presidente Putin decidiu assim. Aliás, estou convencido de que a Ucrânia é apenas o primeiro passo. Estou convencido que ele quer travar uma grande guerra. E tendo o mundo inteiro ajudando a Ucrânia, ele está a pensar nisso. Depois da Ucrânia haverá mais passos, haverá outros países, se não resistirmos. Acho que vamos conseguir, vamos conseguir apoio e vamos vencer", disse Zelensky, recordando depois a noite da invasão, há praticamente um ano.

"Lembro que houve explosões e ligações durante a noite e eu disse [para a minha esposa]: 'Prepare-te. Prepara os nossos filhos, temos de contar-lhe o que está acontecendo e estar preparados porque não será seguro ficarmos na residência do presidente [onde morávamos na época]'", salientou o presidente ucraniano, que não tem ideia se alguma vez as tropas russas estiveram próximas dele.

"Ninguém sabe. Algumas pessoas foram detidas neste distrito, neste distrito do governo, e isso fica a poucos quilómetros daqui. Havia muita inteligência. E muita dessa inteligência sugeria que eu deveria agir rápido e deveria ir para outro lugar. Não sei, sinceramente, talvez os serviços secretos saibam mais sobre isso."

Num tom mais pessoal, Zelensky falou também sobre a sua família e tudo o que a guerra tem feito à mesma, recordando que são poucas as vezes que vê a sua mulher e os dois filhos.

"É uma pena que não possa ver os meus filhos, embora agora seja mais frequente do que no início. Nos últimos dois, três meses, vemo-nos uma vez a cada 10 dias. É uma tragédia para todas as nossas famílias na Ucrânia", confessou na entrevista, durante a qual, curiosamente, ficou a saber da decisão da Alemanha sobre os tanques que tinha pedido aos aliados.

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