“A principal coisa que nos vai unir é determinar como fortalecer urgentemente a Ucrânia no campo de batalha, política e geopoliticamente”, disse Zelensky durante uma conferência de imprensa com o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk.

O Presidente ucraniano – cujo país luta há quase três anos para repelir uma invasão russa – apelou ainda aos europeus para que se juntem a Kiev face ao Presidente eleito norte-americano, Donald Trump, que deverá tomar posse em janeiro.

O regresso do líder republicano à Casa Branca fez com que a Ucrânia e os seus aliados temessem uma redução na ajuda militar crucial dos EUA e uma pressão para compromissos favoráveis à Rússia durante possíveis conversações de paz.

“É muito importante que estes sinais sejam enviados para os Estados Unidos, que a nova administração também os ouça, que estejamos todos unidos no nosso desejo de uma paz justa na Ucrânia”, disse Zelensky.

Por seu lado, Donald Tusk garantiu que o seu país vai assegurar-se de que possíveis conversações de paz não terminem em “decisões injustas” para a Ucrânia.

“Estaremos muito vigilantes e participaremos em todas as conversações possíveis”, disse o primeiro-ministro polaco, acrescentando que não vê “razões para a Ucrânia ceder” a Moscovo no caso de tais conversações.

“A Ucrânia é vítima de um ataque. É Moscovo que deve reconsiderar”, sublinhou o primeiro-ministro polaco.

O Exército ucraniano encontra-se numa situação muito difícil face às tropas russas que, mais numerosas e mais bem armadas, têm avançado na frente leste, nos últimos meses.

Moscovo lançou também uma contra-ofensiva com a participação de tropas norte-coreanas, na sua região de Kursk, parcialmente ocupada pelas forças ucranianas, de acordo com o comandante do exército ucraniano, Oleksandr Syrsky.

Segundo um cálculo da revista britânica The Economist, os ucranianos perderam metade dos territórios que controlavam nesta área desde o início da sua ofensiva surpresa, em agosto.