“Peço-lhe, Donald, senhor primeiro-ministro, que venha também à fronteira. Andrzej, senhor Presidente, peço-lhe que apoie este diálogo”, disse Zelensky, numa mensagem em ucraniano e em polaco, publicada na rede social Telegram, referindo-se também ao Presidente da Polónia, Andrzej Duda.
“Estou disposto a estar também na fronteira, juntamente com o nosso Governo”, disse o Presidente da Ucrânia, que solicitou que um representante da Comissão Europeia também participasse na reunião.
Os agricultores polacos realizam há vários dias protestos nas estradas e exigem, entre outras coisas, que o seu país se retire do chamado “Pacto Verde” europeu e que as importações agroalimentares da Ucrânia para a União Europeia (UE) sejam vetadas.
Zelensky apelou a todos para que se lembrem “do significado da palavra solidariedade” e atribuiu o aumento da tensão com a vizinha Polónia, pelo menos em parte, às tentativas de manipulação por parte da Rússia.
“Chega de Moscovo nas nossas terras. Chega de mal-entendidos”, afirmou o líder ucraniano, num dia em que, apesar do forte destacamento policial nos postos de fronteira, registaram-se incidentes isolados, nomeadamente confrontos entre elementos dos piquetes do protesto e viajante e a queima de pneus.
“Trata-se da segurança nacional. Não devemos adiá-la”, sublinhou Zelensky, apelando para que a reunião se realize antes do próximo sábado, 24 de fevereiro, dia que marca o segundo aniversário da invasão russa da Ucrânia.
Na terça-feira, os agricultores polacos retomaram os protestos nas autoestradas e cidades de todo o país, provocando engarrafamentos de quilómetros nas principais vias rodoviárias.
Nas passagens de fronteira, como em Dorohusk e Meydika, os bloqueios à passagem de camiões ucranianos foram alargados intermitentemente a todo o tráfego rodoviário, incluindo autocarros de passageiros e automóveis particulares.
O Governo polaco tem pedido que os protestos sejam conduzidos de forma pacífica e sem mensagens provocatórias, depois de terem sido divulgadas fotografias de um trator com um texto que parecia elogiar o Presidente russo, Vladimir Putin.
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