Segundo Jacob Mudenda, a União Nacional Africana do Zimbabué – Frente Patriótica (ZANU-PF, no poder desde que o país acedeu à independência, em 1980) já notificou o Parlamento da decisão sobre Mnangagwa, cujo regresso ao Zimbabué é aguardado hoje, depois de se ter refugiado na África do Sul após ter sido exonerado por Mugabe.
Mnangagwa deverá aterrar cerca das 18:00 locais (16:00 em Lisboa) numa base aérea militar próximo de Harare, que, segundo a agência Associated Press, é já palco de uma grande concentração de populares que pretendem dar-lhe as boas vindas e felicitá-lo.
A atual crise política no Zimbabué começou quando os militares tomaram o controlo do país na noite do passado dia 14, depois de, na semana anterior, Mugabe, de 93 anos, ter destituído o seu vice-presidente e aliado de longa data, Emmerson Mnangagwa, de 75 anos, que tinha estreitas ligações com os militares.
Mugabe, até agora o mais velho chefe de Estado do Mundo, enfrentava um processo de destituição baseado em várias acusações, entre as quais a de que teria “permitido à sua mulher usurpar o poder constitucional” ou que estaria demasiado velho para governar.
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