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Agora tu és um cavalo de corrida
O que fica a saber do mundo, sobretudo em momentos de grande tensão, um leitor que lê informação nos sites e nas redes sociais? No conforto preguiçoso do seu sofá, ou no espaço higienizado do seu escritório, que informação é dada naquele fuso que se tornou obrigatório nas notícias – o "agora"? O quepor Rute Sousa Vasco -
Somos só pessoas estupidamente normais
Há semanas em que todos aqueles que escrevem sobre o que se passa no mundo não evitam o que, em regra, tentam evitar. Ou seja, escrever sobre as mesmas coisas que outros já escreveram. Quem publica à sexta-feira, depois de uma semana intensa de acontecimentos (Nice, Turquia, Convenção Republicana, ppor Rute Sousa Vasco -
Não é como acaba. É como começa.
Não, não é um engano. A frase-talismã da selecção portuguesa virada do avesso é perfeita para retratar aquilo a que estamos a assistir por estes dias na Europa das nações. A sucessão de declarações infelizes, a falta de vontade para o consenso, as velhas intrigas e rivalidades postas a nu. Começa aspor Rute Sousa Vasco -
Um dia a Europa foi assim
Aconteceram várias coisas naquele ano. O FC Porto foi campeão da Europa de futebol pela primeira vez. O Nelson Piquet foi tricampeão na Fórmula 1. A 24 de Junho, exactamente no dia que hoje se assinala, nasceu Lionel Messi. Também foi o ano em que Carlos Drummond de Andrade nos deixou. E, segundo apor Rute Sousa Vasco -
O passado é sempre imprevisível
Só mesmo os desatentos podem pensar que afinal está tudo na mesma. Nesta segunda-feira, dia 13 de junho, Espanha assistiu ao debate entre os quatro principais candidatos às eleições de 26 de junho. Rajoy, Sánchez, Rivera e Iglesias. Um debate que contou com uma audiência de 10 milhões de pessoas e qpor Rute Sousa Vasco -
O Portugal de "mexam esse traseiro" e o Portugal de "o meu irmão bateu-me primeiro"
Na semana que hoje termina, duas entrevistas merecem uma leitura atenta. Ambas falam de Portugal e dos portugueses, ambas trazem uma visão do que somos não encapsulada no que fica bem a toda a gente dizer que somos. Os entrevistados são de áreas políticas bastante diferentes e têm uma visão do mundopor Rute Sousa Vasco -
Acredite se vir no Facebook. Ou se calhar, não
Os adolescentes são a verdadeira medida do mundo nos dias que correm. Andam (alguns) adultos tão distraídos que lhes escapam os verdadeiros fenómenos contemporâneos. É possível que estes adultos não saibam quem é Candace Payne e isso só prova que estão mesmo distraídos.por Rute Sousa Vasco -
Angola não é nossa e a banca nunca foi
A memória dos 500 anos de colonização portuguesa é preciosa numa semana em que João Salgueiro comparou a actual situação da banca em Portugal às ex-colónias. João Salgueiro, 81 anos, além de um economista reputado, foi Ministro de Estado e das Finanças, vice-governador do Banco de Portugal e presidepor Rute Sousa Vasco -
As coisas que os homens e algumas mulheres nos explicam
Só ontem encarei o mais recente livro de Rebecca Solnit publicado em Portugal, intitulado "Os homens explicam-me coisas". Além de um título capaz de fazer revirar os olhos a muitos, o que é sempre de saudar, a contracapa conta com um excerto imperdível. "Solnit começa por contar um episódio cómico,por Rute Sousa Vasco -
Leicester é uma lição. Sobre egos a mais e a menos
O futebol é feito de mitos e de heróis, não necessariamente por esta ordem. Também é verdade noutros desportos, seja no SuperBowl, na fórmula 1 ou no ténis, mas a popularidade do futebol faz com que o poder de uma boa história seja elevado à máxima potência. E na grande história dos mitos e heróis dpor Rute Sousa Vasco -
Vamos pôr Portugal no sítio
Um dos argumentos que sempre me tirou do sério naqueles tempos em discutíamos a troika e que Portugal não era a Grécia residia, precisamente, na certeza acintosa e moralista com que esta frase era dita. Portugal não era a Grécia, porque a Grécia estava (e está) cheia de gregos e os gregos são aquelepor Rute Sousa Vasco -
A verdade e outras mentiras
Antes do Twitter e mesmo no princípio do Facebook, o programa de jornalismo com mais pergaminhos na América levou para o ar uma reportagem sobre o passado militar de George W. Bush. O programa chamava-se 60 Minutes, era então conduzido por Dan Rather e a reportagem foi emitida nas vésperas das eleiçpor Rute Sousa Vasco -
Andamos todos aos papéis
A culpa é dos papéis. Os malditos dos papéis. O Panamá tem os seus, e nós temos os nossos.por Rute Sousa Vasco -
Não é mau – é péssimo. E isto é piners!
Era uma vez um banco muito, muito mau, um banco tão mau, tão mau, que, na realidade, era um banco péssimo. Depois veio um Estado, tão comprometido, tão comprometido, que, na realidade, era um Estado incapaz. E depois chegaram os cavaleiros da resolução que em três tempos decidiram que o Estado incappor Rute Sousa Vasco -
Os idiotas perderam a modéstia
Não tens opinião? Não és ferozmente contra o livro de Henrique Raposo sobre o Alentejo ou inequivocamente a favor do fim dos happy meals para o menino e para a menina? Não tens opinião? Não achas abominável o fim dos exames de aferição ou inominável o processo de reversão da privatização da TAP? Nãopor Rute Sousa Vasco -
Bem-vindos ao cabaret. Willkommen, Bienvenue, Welcome.
Há temas que podemos apostar, logo quando surgem, que rapidamente vão fazer parte da galeria dos debates fracturantes da nação. O encerramento de salas de espectáculo ou lugares com história ou histórias é garantidamente um deles. Na sua crónica no Observador, Helena Matos chama-lhes ‘espaços míticopor Rute Sousa Vasco -
Os políticos são todos iguais e as empresas são parolas e chico-espertas (algumas delas)
Joaquim Pina Moura. Joaquim Ferreira do Amaral. Jorge Coelho. José Luís Arnaut. Mário Lino. Miguel Cadilhe. Manuel Pinho. Miguel Beleza. António Mexia. Luís Campos e Cunha. Sérgio Monteiro. E agora Maria Luís Albuquerque.por Rute Sousa Vasco -
Não leia que não vale a pena. Afinal, não está a pensar envelhecer, ou está?
Somos hoje uma sociedade de insatisfeitos, de excluídos e de lesados. E, quais ratinhos na roda, parece que não conseguimos sair do mesmo sítio, por muito que todos os sinais nos apontem para uma provável dissonância cognitiva entre o que sabemos e o que fazemos. A forma como decidimos quem é ou nãopor Rute Sousa Vasco -
Impostos: Você é concorrente. Venha daí jogar
Não sou fã de concursos, nunca acreditei na sorte ao jogo e talvez por isso não senti qualquer emoção forte quando, a 6 de fevereiro de 2014, o Governo de Passos Coelho aprovou a criação de um sorteio chamado "Fatura da Sorte" com a finalidade de "valorizar e premiar a cidadania fiscal dos contribuipor Rute Sousa Vasco -
Desculpe-me, senhor presidente, não queria faltar-lhe ao respeito
Fazer rir é difícil. É muito mais difícil do que fazer chorar. Fazer humor é, por inerência, mais difícil do que fazer drama e em Portugal é ainda mais difícil. Desde a falta de inteligência até ao excesso de preconceitos, vale quase tudo para que vingue o grande desígnio da nação que é, continua apor Rute Sousa Vasco -
O Orçamento de Estado é uma alheira
Não é um trocadilho fácil – apesar de a tentação ser grande. Mas não é esse o móbil. Na tarde de ontem, quinta-feira, a Assembleia da República discutiu não um, mas quatro diplomas que visam defender a alheira. Não qualquer alheira, mas a alheira de Trás-os-Montes, cujo consumo tem sido afectado despor Rute Sousa Vasco -
Se ao menos estivesse nu
É uma grande sorte ou um enorme azar, é o que vos digo. Vários problemas da humanidade podiam resolver-se assim num piscar de olhos. Se pelo menos as estátuas, como a pintura e outras representações artísticas, colaborassem. Há que pôr esta gente na ordem. Mas vamos por partes.por Rute Sousa Vasco -
A última piada que ouvi? Que o nosso problema era (só) com os políticos
Das eleições presidenciais cuja campanha para a primeira ou única volta hoje termina, já se ouviu dizer muita coisa. Que são maçadoras, que são favas contadas, que são pitorescas, que não interessam para nada, que põem fim ao cavaquismo, que são plurais, que puxam pelas mulheres, que são uma fantochpor Rute Sousa Vasco