A 45ª Volta ao Algarve começa a rolar hoje (12h00) em Portimão, Cidade Europeia do Desporto, e termina em Lagos, numa etapa destinada a sprinters que se desenrola ao longo de 196,1 km, a mais longa das cinco que compõe a edição 2019.

Ao longo de 778,6 quilómetros e cinco dias, num percurso com duas etapas para velocistas (Portimão-Lagos e Albufeira-Tavira), duas chegadas em alto (Almodôvar-alto da Fóia, em Monchique, e Faro-alto do Malhão) e um contrarrelógio individual (Lagoa), a prova termina no domingo (Faro-Loulé), com a meta instalada num Prémio de Montanha de 2ª categoria no Alto do Malhão, ex-libris da prova com 2,5 quilómetros em subida com uma inclinação de 9%.

Das 24 equipas presentes na “Algarvia”, 12 são da UCI WorldTour, escalão máximo da modalidade composto por 18 equipas, entre as quais as três melhores do ranking mundial de 2018: Deceuninck-Quick Step (Bélgica), Team Sky (Reino Unido), vencedora de três das últimas quatro edições da Volta ao Algarve, e Bora-hansgrohe (Alemanha). Destaque ainda para a formação polaca CCC Team do português Amaro Antunes (ex-Porto), ciclista que triunfou no Alto do Malhão, em 2017.

Equipas

WorldTour
Bora-hansgrohe, CCC Team, Deceuninck-Quick Step, Groupama-FDJ, Lotto Soudal, Team Dimension Data, Team Jumbo-Visma, Team Katusha Alpecin, Team Sky, Team Sunweb, Trek-Segafredo e UAE Team Emirates.

Continental Profissional
Caja Rural-Seguros RGA, Cofidis, W52-FC Porto e Wanty-Gobert Cycling Team

Continental
Aviludo-Louletano, Efapel, LA Alumínios-LA Sport, Miranda-Mortágua, Rádio Popular-Boavista, Sporting-Tavira, UD Oliveirense-InOutBuild e Vito-Feirense-PNB.

Etapas

20 de Fevereiro – 1.ª Etapa: Portimão – Lagos, 199,1 km
21 de Fevereiro – 2.ª Etapa: Almodôvar – Fóia, 187,4 km
22 de Fevereiro – 3.ª Etapa: Lagoa – Lagoa, 20,3 km (CRI)
23 de Fevereiro – 4.ª Etapa: Albufeira – Tavira, 198,3 km
24 de Fevereiro – 5.ª Etapa: Faro – Malhão, 173,5 km

Últimos Vencedores da Volta ao Algarve

2018 – Michal Kwiatkowski (Team Sky)
2017 – Primoz Roglic (Team Lotto NL-Jumbo)
2016 – Geraint Thomas (Team Sky)
2015 – Geraint Thomas (Team Sky)
2014 – Michal Kwiatkowski (Omega Pharma-QuickStep)
2013 – Tony Martin (Omega Pharma-QuickStep)
2012 – Richie Porte (Sky)
2011 – Tony Martin (HTC-Highroad)
2010 – Alberto Contador (Astana)
2009 – Alberto Contador (Astana)

A competição mantém-se na categoria 2.HC, a mais elevada do circuito Europe Tour e contará com quatro equipas de categoria continental profissional, o segundo escalão, destacando-se as duas primeiras do ranking Europe Tour por equipas em 2018, Wanty-Groupe Gobert (Bélgica) e Cofidis, Solutions Crédits (França), às quais se somam a Caja Rural-Seguros RGA (Espanha) e a W52-FC Porto (Portugal), equipa que apresenta Raúl Alarcón, vencedor em título da Volta a Portugal.

O pelotão fica completo com as oito equipas continentais portuguesas: Aviludo-Louletano, Efapel, LA Alumínios-LA Sport, Miranda-Mortágua, Rádio Popular-Boavista, Sporting-Tavira (que leva Tiago Machado, 3º em 2016 e que com 15 participações é o corredor com mais presenças na Volta ao Algarve), UD Oliveirense-InOutBuild (que integra Hélder Gonçalves, benjamim de 18 anos) e Vito-Feirense-PNB.

20 corredores do top mundial, quatro do top 20, um campeão do mundo e um vencedor que será inédito

Num pelotão de 168 ciclistas oriundos de 23 países, 20 corredores pertencem ao top 100 mundial, sendo que quatro integram o top 20: Jasper Suyven (Trek-Segafredo), 15.º, Michal Valgren Andersen (Team Dimension Data, 17.º, Arnaud Démare (Groupama-FDJ), 18.º, e Pascal Ackermann (Bora-hangrohe), 19.º. Um dado que atesta que a nata do ciclismo mundial assentou arraias nas estradas do sul do país.

As atenções estão centradas no italiano Fabio Aru (UAE Team Emirates), vencedor da Vuelta em 2015, ano em que foi segundo no Giro; no espanhol Enric Mas (Deceuninck-Quick Step), 2º na Volta a Espanha de 2018, que regressa ao Algarve, onde estagiou há duas semanas; no austríaco Patrick Konrad (Bora-hansgrohe) e no holandês Sam Oomen (Team Sunweb), sétimo e nono do Giro 2018; no trio da Team Sky, o holandês Wout Poels, o espanhol David de la Cruz e o britânico Tao Geoghegan Hart; e no trio da Team Katusha Alpecin composto pelos portugueses José Gonçalves e Rúben Guerreiro, assim como o esloveno Simon Spilak, e que pode ter igualmente uma palavra a dizer.

Nota de destaque também para um campeão Mundial e Europeu, o suíço Marc Hirschi (Team Sunweb), vencedor das provas de fundo do Europeu e do Mundial de Sub-23, em 2018.

Entre as naturais dúvidas quanto ao camisola amarela, há uma certeza. O vencedor será inédito. Nenhum anterior vencedor estará presente, com destaque para Michal Kwiatkowski, que não defenderá o título, depois de vencer em 2014 e 2018, e Thomas Geraint (Team Sky), vencedor do Tour no ano passado e, por duas ocasiões, da Volta ao Algarve, 2015 e 2016.

Por falar em vencedor, teremos que recuar ao ano de 2006 para ver um português terminar com camisola amarela: João Cabreira (Maia-Milaneza). Joaquim Fernandes, Sporting (1936), foi o primeiro ciclista a vencer a prova, seguido de Serafim Paulo (Lisgás), onze anos depois. A Volta ao Algarve realiza-se ininterruptamente desde 1977 e foi ganha em 24 ocasiões por portugueses, com destaque para os repetentes Firmino Bernardino, Belmiro Silva, Manuel Cunha, Joaquim Andrade, Joaquim Gomes, Fernando Carvalho e Cândido Barbosa.

45ª edição da Volta ao Algarve será uma das mais mediáticas da história. 120 profissionais da comunicação social, numa competição com transmissão em direto para cinco continentes e 121 países (em Portugal pode ser seguida na TVI e no canal Eurosport), atingindo 148 milhões de lares. Acresce 13,3 milhões de seguidores nas principais redes sociais (Facebook, Twitter e Instagram), um alcance só possível graças aos 168 corredores presentes no pelotão.

Como notas finais, a campeã olímpica Rosa Mota participa na Volta ao Algarve Feminina e o Algarve Granfondo Cofidis juntará cerca de 800 participantes, oriundos de mais de dez países, no dia 24 de fevereiro, em Loulé, num evento que assume vocação social de reflorestação da Serra de Monchique através da plantação de uma árvore por cada participante.