Na presente semana, o clube liderado por António Salvador renovou com o guarda-redes Matheus por cinco anos e acionou a cláusula de compra do central Bruno Viana, estimada em três milhões de euros, o que o tornou o jogador mais caro da história do clube.
Abel Ferreira notou que “uma coisa é o preço, o outro é o valor” e considerou mesmo que Bruno Viana, que chegou a Braga esta temporada por empréstimo dos gregos do Olympiacos, “é um dos grandes negócios que o Braga fez nos últimos anos”.
O treinador mostrou-se satisfeito por garantir esses dois jogadores, frisando que “só é possível competir com os melhores tendo qualidade, sabendo das diferenças para os ‘grandes’, como por exemplo a capacidade de escolher a melhor matéria prima. O Braga faz um trabalho exaustivo de ‘scouting’, é como na bolsa de valores procurar as melhores ações ao melhor preço”, comparou.
O técnico referiu ainda que gostaria que Marcelo Goiano, que termina contrato no final desta época, também renovasse, mas que essa é uma decisão do jogador.
O Sporting de Braga desloca-se a Chaves na 27.ª jornada da I Liga e Abel Ferreira disse esperar um “grande espetáculo” entre “duas boas equipas, com filosofias de jogo parecidas, mas sistemas táticos diferentes”.
“O Desportivo de Chaves vale pelo seu coletivo. Foi uma equipa que não começou bem, mas o seu treinador continuou a creditar no processo, a determinada altura fez una nuance tática, nomeadamente na dinâmica dos seus médios, e começou a solidificar a sua forma de jogar e os resultados apareceram”, disse.
Os bracarenses estão a quatro pontos do Sporting, que também só joga no domingo (em casa, com o Rio Ave), mas umas horas mais tarde, pelo que uma vitória dos minhotos pode pressionar os ‘leões’, terceiros classificados.
“A nossa obrigação é exatamente a mesma de até aqui: jogar cada jogo pelos três pontos, sabendo das dificuldades e da qualidade do adversário. Esse tem sido o segredo, a nossa qualidade, o nosso foco, respeitar muito os adversários, ter uma grande atitude coletiva e uma grande intensidade”, disse.
O treinador lembrou ainda que a equipa “sofreu uma grande restruturação” esta época, “com a entrada de vários jogadores”.
“Não tenho feito muitas alterações na equipa, mas jogue quem jogar a equipa dá uma boa resposta. Mais do que falar no ‘onze’, temos de falar no coletivo. Esta equipa joga fácil, simples e rápido. O que mais me agrada é ver o compromisso de cada um”, frisou.
Nos últimos dias, o Sporting de Braga anunciou a criação de uma equipa sub-23, mas deixou em aberto a possibilidade de manter a equipa B, cenário que agradaria a Abel Ferreira.
“Vai ser uma competição nova e temos poucos dados que nos permitam dizer que pode substituir a tão competitiva II Liga. Na minha opinião, não devíamos perder esta vertente competitiva que a II Liga dá às equipas B. Com os sub-23, há a possibilidade de, por exemplo um sub-19, poder competir um patamar acima, é mais um estágio para o seu crescimento. Acho os sub-23 uma excelente ideia, mas, se a decisão depender de mim, eu continuava com a equipa B”, frisou.
Abel Ferreira afirmou ainda não ter ficado desiludido por nenhum jogador da equipa ‘arsenalista’ ter sido chamado à seleção principal de Portugal.
“Não fico desiludido com nada, fico é contente pelo seccionador olhar para o Braga e ver muitos jogadores portugueses a darem prova do seu valor. Sempre respeitei as escolhas dos meus treinadores, os jogadores têm de respeitar as minhas e só há uma coisa que eles controlam: o seu trabalho diário. O prémio não tardará”, disse.
Sporting de Braga, quarto classificado, com 58 pontos, e Desportivo de Chaves, sétimo, com 36, defrontam-se no domingo, a partir das 18:00, no Estádio Eng.º Manuel Branco Teixeira, em Chaves.
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