O jogo entre Portugal e o Uruguai ficou marcado por uma invasão de campo que decorreu durante a segunda parte.
Apesar da política da FIFA de evitar ao máximo a captação de imagens de invasões de campo, foi possível ver na transmissão uma bandeira arco-íris, associada à comunidade LGBTQI+, antes da pessoa em questão ser intercetada pelos seguranças e levada para fora do relvado.
Também foi possível ver o árbitro da partida, o iraniano Alireza Faghani, a recolher a bandeira do chão.
Nas imagens captadas pelos fotógrafos no local é possível que a pessoa responsável pela invasão de campo é um homem que, além de carregar a bandeira arco-íris, vestia uma t-shirt onde se pode “Respect for iranian woman [respeito para as mulheres iranianas]” na parte de trás e “Save Ukraine [salvem a Ucrânia]" na parte da frente.
Apesar de ainda ter conseguido escapar ao primeiro segurança e alcançar o meio-campo, o homem acabou por ser detido e retirado do recinto.
O Mundial2022 tem sido marcado por várias polémicas, uma delas relacionada com o respeito do Qatar, o país anfitrião, pelos direitos das comunidades LGBTQI+. Até ao momento, é o primeiro momento de protesto explicitamente político a acontecer em campo desde que a competição teve início.
O torneio foi marcado pelas pressões da FIFA junto de algumas seleções que pretendiam ter os seus capitães a utilizar a braçadeira com as cores do arco-íris, ameaçando com sanções disciplinares. A lógica para a decisão da FIFA prende-se com a proibição das equipas de fazerem gestos ostensivamente políticos.
Relativamente ao conteúdo da t-shirt, também não é a primeira vez que os protestos a grassar no Irão desde setembro ocupam os holofotes no Mundial2022. Na sua partida inaugural frente à Inglaterra, os jogadores iranianos recusaram-se a cantar o seu hino nacional.
[Notícia atualizada às 21:07]
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